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Olhos nipônicos atentos em Silverstone |
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Depois de terem levado "um verdadeiro baile" dos concorrentes franceses da Michelin nos GPs disputados em Nürburgring e Magny Cours, os técnicos da japonesa Bridgestone se trancaram em seus laboratórios, e desenvolveram nada menos que vinte compostos diferentes para a construção de seus pneus.
Os novos produtos foram testados à exaustão, pela Ferrari em Mugello e Fiorano, pela Sauber, em Vairano, e no traçado catalão de Barcelona, onde os compostos da produtora nipônica calçaram outros bólidos da Ferrari e da Sauber, e onde foram submetidos a prova também através do uso em carros das equipes B.A.R e Jordan.
Mais que novos compostos, foram empregados nos pneus usados nos testes também novas maneiras de construção, das quais os técnicos recolheram informações que não apenas foram usadas nos lotes enviados para a Inglaterra, como também devem servir para que possam trabalhar nos produtos para os GPs futuros.
Se o caminhão de dinheiro investido e o tempo gasto no desenvolvimento dos novos pneus foi ou não bem empregado, tanto as cabeças pensantes da fábrica nipônica quanto os técnicos dos times clientes vão ter certeza apenas ao final da corrida do domingo.
O fato é que enquanto dez dos pilotos da mais badalada categoria de automobilismo do planeta estiverem rodando com seus carros sobre o asfalto daquele que se tornou o mais famoso circuito da Terra de Queen Elizabeth, vai ter muito técnico da Terra do Sol Nascente de olho, numa forte torcida, de certa maneira "contra dez outros pilotos"... |
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Jorge Kraucher |
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