|
Há 10 anos atrás... |
|
Era o dia 2 de Junho de 1991, GP do Canadá. O britânico Nigel Mansell liderava a corrida com uma vantagem de 50 segundos, e já cumprimentava os torcedores por uma vitória certa. Eis que, a duas curvas da quadriculada, o motor de seu carro estoura, o que faz a vitória cair nas mãos do brasileiro Nelson Piquet Souto Mayor, que, assim, conquistava o último dos 23 triunfos numa carreira de 204 provas disputadas na Fórmula 1.
A vitória de Piquet naquela disputa em Montreal marcou também o fim de uma seqüência de vitórias brasileiras no "circo" . O próprio Nelson havia vencido as duas últimas etapas do Mundial do ano anterior, disputadas no Japão e na Austrália, enquanto Ayrton Senna havia chegado na frente das quatro primeiras disputas do certame de 1991, cruzando adiante de todos a linha de chegada dos GPs dos EUA, do Brasil, de San Marino e de Mônaco, o que fez com que nossos pilotos se equiparassem aos britânicos, alcançando sete vitórias consecutivas.
Hoje, 10 anos mais tarde, a Fórmula 1 tem outra cara, outros carros e uma tecnologia que não passava de sonho para os projetistas daquele 1991.
O Brasil, porém, não tem mais campeões nas pistas de um circo onde a monotonia é a tônica de quase todas as provas.
Ah!!! Como eu era feliz naquela época e não sabia...
Leia o que disse Piquet na época
"Reduzi o ritmo a duas voltas do final, pois a pista estava muito suja e queria garantir o meu segundo lugar. Foi então que, no decorrer da última volta, ouvi os engenheiros gritarem no rádio "Vai,vai... O Nigel parou!" Nem queria acreditar, mas foi uma surpresa bem agradável.
Ganhei graças ao azar dos outros, mas foi uma vitória e isso é que conta. Foi um resultado fantástico para a equipe, após o recente período de trabalho árduo com o carro novo. O carro, o motor e os pneus foram perfeitos, mas temos ainda muito trabalho a realizar e passar a conhecer melhor o carro, por isso o resultado de hoje vai aumentar a motivação e dar novas energias a toda a equipa.
À parte a excitação do início e do final da corrida, aborreci-me bastante ao rodar sozinho durante a corrida. Hoje provamos ser tão competitivos como os McLaren e os Ferrari, o que é positivo, mesmo com os Williams destacados de todos." |
 |
Marcos Abreu Ferreira |
|