|
MEMÓRIA ? Habilidade de Hakkinen definiu a pole |
|
Reprodução de matéria da edição do Speed On Line , de 28 de março de 1998 (o primeiro sábado desde a entrada do site no ar).
O pole position do GP do Brasil, Mika Hakkinen disse que as condições do circuito de Interlagos combinam bastante com seu estilo de pilotar. Cheia de ondulações, a pista paulista este ano tornou-se um desafio especial para os pilotos devido à utilização de pneus com menos área de contato com o solo, motores mais potentes e soluções de aerodinâmica mais refinadas.
Mais velozes nas retas devido aos motores mais desenvolvidos e à aerodinâmica mais aprimorada, os novos F-1 chegam ao final da reta em velocidades superiores às obtidas no ano passado, obrigado o piloto a frear mais bruscamente.
Prevendo o esforço extra sofrido pelos sistemas de freio, os discos do dispositivo tiveram sua espessura aumentada. Como resultado, o carro tem um comportamento mais crítico nas freadas em alta velocidade, fato complicado pela menor área de contato dos compostos.
Mas o grande agravante em Interlagos é a grande quantidade de ondulações localizadas justamente em alguns pontos de freada. Alí é fácil ver as rodas saírem do chão e depois travarem, penalizando também os pneus. Na coletiva realizada após a tomada de tempos, os três melhores colocados - Hakkinen, Coulthard e Frentzen - se referiram ao piso do circuito como um agravante importante no acerto dos carros.
Durante a sessão de classificação , os Comissários liberaram um documento dizendo que Hakkinen, Damon Hill, Pedro Paulo Diniz, Eddie Irvine, Olivier Panis e Alexander Wurz poderiam perder suas melhores marcas nas classificatórias por terem desrespeitado a bandeira amarela durante os treinos.
Para Mika, não havia problemas pois, além de ter conquistado a pole, o finlandês também estabeleceu o segundo melhor tempo do dia. O clima de terror só se encerrou depois que os comissários ouviram as versões dos pilotos sobre a infração, e todos foram desculpados. |
 |
Jorge Kraucher |
|