| |
| MEMÓRIA - Equipe Williams quer regulamento mais preciso |
| |
Reprodução de matéria da primeira edição do Speed On Line , de 26 de março de 1998.
O Diretor Técnico da Williams, Patrick Head, criticou a FIA por, em sua opinião, ?estar operando o Campeonato de F-1 com regras de critérios vagos?. Segundo Head, quando uma equipe tem alguma idéia nova, tem que submetê-la à comissão técnica da entidade e aguardar um parecer.
Se o novo dispositivo for considerado legal, a equipe terá permissão para produzí-lo. Caso a idéia seja considerada como fora do regulamento, a FIA enviará um comunicado.
O sistema de freios da McLaren foi o estopim da polêmica para todas as equipes. Head acha que o correto seria um regulamento mais rígido, no qual as equipes não precisariam consultar a FIA e, desta forma, ficarem à mercê de interpretações da Comissão Técnica. "O problema é que com o regulamento desta forma, a FIA pode interpretá-lo da maneira que quiser, e quando quiser", resumia.
O estopim do problema foi o polêmico sistema de freios da McLaren, considerado legal pela entidade. Várias equipes reclamaram contra o sistema, alegando que se tratava de um tipo de controle de tração ou um sistema de direção nas quatro rodas.
O polêmico sistema de freios do time de Woking funciona por meio de um terceiro pedal e um dispositivo que, quando acionado, direciona mais força frenante para uma das duas rodas traseiras. Desta forma, ao acionar o pedal e o dispositivo, o piloto impede que as rodas patinem, o que facilita a entrada e saída do monoposto nas curvas.
As equipes também suspeitam que o sistema possua algum tipo de controle eletrônico ? o que configuraria auxílio eletrônico ao piloto, proibido no regulamento.
Segundo Jacques Villeneuve, da Williams, que vem desenvolvendo um sistema semelhante, mas completamente mecânico, seria impossível para o piloto modular a força correta a ser aplicada ao freio e ainda precisar o momento exato de fazê-lo.
De qualquer forma, a FIA nega todas as hipóteses levantadas pelas equipes rivais da McLaren. Para Patrick Head, o episódio marcou um bom momento de rever o regulamento da F-1. "Hoje, quando uma equipe submete alguma idéia à FIA e esta é aprovada, só ela equipe fica sabendo. As demais, que por sua leitura do regulamento possam ter achado que o dispositivo seria ilegal, acabam prejudicadas", disse Patrick, que bate na tecla de um regulamento mais exato e sem necessidade de interpretações da Federação internacional de Automobilismo. |
 |
| Jorge Kraucher |
|
