O esporte unindo gerações. É este exatamente o espírito da Mil Milhas, que a exemplo do que já aconteceu em outras ocasiões ? como em 73, quando os irmãos Bird e Nilson Clemente venceram -, terá representantes de um mesmo clã dividindo a condução de carros, alguns, em trios completados por pilotos convidados.
Isso vai acontecer em pelo menos dois times na prova do domingo: na Braspress Racing, o protótipo Aldee Spyder 2.0 vai reunir o pai, o empresário mineiro de Uberlandia Urubatan Helou, o filho, o paulistano Urubatan Helou Júnior, e o convidado Antonio Carlos Avallone, que já no ano passado competiu pela escuderia, então pilotando um segundo carro em companhia de Helou Júnior, e do também mineiro Marcelo Carneiro.
?Neste ano decidimos reduzir a participação a um único carro para que possamos centralizar as ações. Correr com dois veículos acaba pulverizando as atenções de todos dentro da equipe?, pondera Urubatan Helou, que pelo terceiro ano vai disputar a Mil Milhas em dupla com o filho ?uma maneira mais que agradável de passar o final de semana?, diz o piloto.
Outro time que reunirá uma família na disputa é o paranaense da Itajui Engenharia de Obras, o carro número 27 desta prova, um protótipo MCR que terá a condução do pai Paulo, do filho Lourenzo Varassim e do convidado Fábio Machado, curitibano, a exemplo dos companheiros.
Paulo Varassim concorda com Urubatan Helou que disputar a corrida mais tradicional do automobilismo brasileiro em dupla com o filho é a melhor maneira de passar o final de semana.
?Há pais que vão pescar com o filho no final de semana. A nossa opção foi a de nos reunirmos na prova. Quem sabe a gente não fisgue um troféu ?deste tamanho? pela vitória na categoria?, brinca.
Tanto os Helou quanto os Varassim vão disputar a Mil Milhas pela categoria ?III?, que é destinada a protótipos nacionais com propulsores de até 2000cc e tanques de combustível limitados a 70 litros de capacidade. |