|
A Arrows: as voltas com ações judiciais |
|
Mesmo tendo anunciado a formação de um consórcio de investidores alemães, a equipe Arrows terá ainda de resolver uma série de pendências judiciais antes de confirmar sua participação na temporada 2003 da Fórmula 1.
A lista de imbróglios jurídicos que podem complicar o futuro do time que tem sede na cidade inglesa de Leafield é encabeçada por uma ação movida pelo Morgan Grenfell, banco que pertence ao grupo ?Deutsche Bank?, que em 1999 comprou 37% das ações da equipe, mas que entrou na Justiça em função do descumprimento de algumas cláusulas do acordo que Tom Walkinshaw havia assinado.
No último mês de julho, a instituição bancária conseguiu que a Corte determinasse que Walkinshaw não pudesse fazer qualquer transação importante sem a anuência do Morgan Grenfell.
Além disso, Tom tem de resolver a multa que lhe está sendo cobrada pelo holandês Jos Verstappen pela dispensa no final do ano passado apesar do contrato para 2002 já estar assinado, e a reivindicação de recebimento de salário do alemão Heinz Harald Frentzen, a quem Walkinshaw não pagou um níquel pelas 11 corridas disputadas neste ano.
Também a Cosworth está na lista de credores da Arrows, já que não recebeu nada pelo fornecimento dos motores que foram usados nesta temporada.
Vale lembrar que o anúncio de acerto com os investidores alemães pode ser mais uma manobra de Walkinshaw para ganhar tempo. Há alguns meses, a Arrows anunciou um acordo semelhante com o magnata americano do petróleo Cal Smith, mas nenhum centavo entrou nos cofres do time de Leafield.
Além de tudo isso, a equipe pode ser punida pela FIA por não ter alinhado seus carros em seis provas desta temporada. |
 |
Jorge Kraucher |
|