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Ecclestone critica a política de salários da Ferrari |
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Depois que o Presidente da Ferrari Luca di Montezemolo chamou de estúpidas as medidas sugeridas para resgatar as disputas na Fórmula 1, o todo-poderoso dirigente da mais badalada categoria do automobilismo do planeta Bernie Ecclestone decidiu contra-atacar, criticando a política de salários adotada pela equipe sediada em Maranello.
Na verdade, Ecclestone - que se calou quando Montezemolo criticou as sugestões - aguardou uma oportunidade para fazer o contra-ataque, que surgiu quando a equipe que dominou de forma esmagadora a temporada 2002 requereu um aumento de 33% em sua participação nos fundos financeiros do ?circo?.
?Se a Ferrari não tem dinheiro, deveria gastar menos?, espetou Ecclestone, que numa entrevista ao diário italiano Gazetta dello Sport disse ainda que ?Se o Montezemolo pagasse ao Schumacher um salário razoável, teria 40 milhões de Dólares a mais por ano?.
Bernie falou ainda que dentro dos termos do ?Accord de La Concorde? ? um tratado assinado pelos representantes de todas as equipes -, a Ferrari não está recebendo incentivos extras, mas que a situação pode mudar no futuro. "A Ferrari recebe mais que qualquer outra equipe? frisou o dirigente, que emendou: "O Montezemolo está dizendo há muito tempo que eu recebo muito dinheiro. Ele simplesmente não entende", arrematou.
Concluindo, Ecclestone falou que após o encerramento do ?Accord de la Concorde?, no final de 2007, Montezemolo estará livre para negociar com quem bem entender.
Luca di Montezemolo é um dos coordenadores do grupo de montadoras européias que pretende promover um campeonato paralelo ao da Fórmula 1 a partir de 2008. Uma das principais motivações para a dissidência é exatamente a discordância com a distribuição das cotas que Ecclestone adota. |
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Jorge Kraucher |
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