|
Recorde da pole deve ser batido na volta a Curitiba |
|
Não é tanto uma questão de "se", mas de "quanto" o recorde da pole position da Fórmula Renault Brasil será melhorado na volta da categoria ao Autódromo Internacional de Curitiba, localizado em Pinhais no próximo final de semana. O circuito paranaense recebeu a primeira prova da história da Fórmula Renault Brasil em abril, quando o paulista André Prioste foi o mais rápido dos treinos classificatórios com a marca de 1m18s459.
Cinco meses depois, na disputa da 8ª das 10 etapas do calendário, o desenvolvimento dos carros deve pulverizar essa marca sem grandes dificuldades. Mas, se os chefes de equipe são unânimes em concordar que os carros estão mais rápidos do que naquela época, o difícil é mensurar essa evolução.
"Acho que a pole ficará abaixo de 1min18s", acredita o engenheiro Eduardo Bassani, da Bassani Racing, responsável pelo acerto dos carros dos paulistas Sérgio Jimenez e Renato Jader David. "E a maioria vai andar muito próximo do tempo do Prioste", prevê. Bassani lembra que as condições climáticas previstas para o fim de semana pelos serviços de meteorologia autorizam uma expectativa otimista.
O Instituto Climatempo, por exemplo, está antecipando uma temperatura máxima de 24 graus para sábado, dia da tomada que definirá o grid da corrida de domingo. Em abril, o calor era consideravelmente mais forte. "O ar mais frio melhora o funcionamento dos motores. Se a temperatura continuar amena, haverá certamente um ganho de potência", avalia.
Em contrapartida, Bassani observa que os pneus Michelin precisam de uma temperatura elevada - que ele estima em 95 graus - para atingirem o melhor desempenho. "Quando está um pouco frio, esses pneus levam de quatro a cinco voltas para chegar ao pico da performance, embora nós já tenhamos criado alguns macetes para antecipar o rendimento ideal", admite.
Uma simples comparação entre o resultado dos treinos classificatórios da etapa inaugural e o da mais recente, em Londrina, confirma que o equilíbrio cresceu ao longo da temporada. Onze pilotos ficaram dentro do mesmo segundo em Curitiba; no norte paranaense, há duas semanas, esse número subiu para 17. Os carros da Bassani Racing são um testemunho dessa evolução: Jimenez, 10º em Curitiba, classificou-se em 6º para a largada em Londrina, enquanto Jader passou de 11º para 2º. Mas o seu tempo foi invalidado em função de uma irregularidade encontrada em seu carro na vistoria técnica e Jader partiu apenas em 28º. |
 |
Luiz Rodrigues |
|