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Suspensas as corridas da Fórmula 3 no Brasil |
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Por decisão da Confederação Brasileira de Automobilismo, a Fórmula 3 Sul-americana está proibida de correr em nosso país. A suspensão das provas da categoria durará até que alguns itens regulamentares sejam modificados, especialmente aquele que proíbe a realização de treinos em determinados circuitos ? alguns times acusaram Nelson Ângelo Piquet de ter realizado treinos em Fortaleza antes da rodada do último final de semana.
Paulo Scaglione, o Presidente da CBA - que comunicará oficialmente a posição da entidade nesta terça-feira, durante uma reunião que manterá com Augusto "Formigão" Cesário e Carlos Col, respectivamente o Presidente da Associação de Equipes da Fórmula 3 e o dirigente da Vicar, a empresa responsável pela promoção das provas da categoria ?, comentou a respeito do item regulamentar que proíbe ensaios em determinadas pistas: "O regulamento proíbe os treinos, mas nós não temos como fiscalizar todos os autódromos", ele diz, frisando: "além do mais, se um determinado piloto pega um carro que tenha o volante mais deslocado para a direita ou esquerda, não se pode dizer que ele treinou com um Fórmula 3", exemplifica.
Outro motivo que levou a CBA a proibir as corridas foi o clima de hostilidade dentro da categoria. Scaglione explica: "Como dirigente da Confederação, tenho de apoiar a realização de um esporte saudável. Acontece que os pilotos estão sendo usados pelos chefes de equipe como ferramentas de suas brigas pessoais, o que é um desserviço na formação destes pilotos", diz.
Com relação a Arialdo Pinho, que no último domingo apontou a arma tomada de um segurança para a cabeça do piloto Thiago Medeiros, Scaglione esclareceu: "Pela regulamentação, o máximo que podemos fazer é suspendê-lo, proibir sua entrada em praças automobilísticas durante seis meses. Esta é a pena máxima, e nós aplicaremos a pena máxima a ele", concluiu o dirigente. |
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Jorge Kraucher |
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