| |
| Sem testes, Hungaroring é um desafio para os fabricantes de pneus |
| |
Como os testes estiveram proibidos pela FIA desde a realização do Grande Prêmio da Alemanha, há 3 semanas, os fabricantes de pneus chegam à Hungria sem que os compostos que serão fornecidos a seus clientes tenham sido submetidos a ensaios que possam avalizar a durabilidade nas exigentes condições do traçado de Hungaroring, onde no domingo será disputado o 13º dos 17 GPs previstos pelo calendário da Formula 1.
Sem outra alternativa, os engenheiros tanto da japonesa Bridgestone quanto da francesa Michelin tiveram de desenvolver os pneus que serão usados na prova de 77 voltas dentro de seus laboratórios, com base em dados coletados nas corridas anteriormente disputadas na pista húngara de 3.975 metros.
"Não temos muitas novidades a anunciar", admite Pierre Dupasquier, Diretor de Motorsport da Michelin, que falou sobre o palco da prova do final de semana: "Hungaroring é um circuito que requer altos níveis de carga aerodinâmica, que conta com duas curvas de 180 graus, e com uma série de curvas muito fechadas, similares às de Montreal, porém sem as retas que existem no circuito canadense", diz o francês, para quem a tática a ser adotada pelas equipes será a de duas paradas durante a corrida "a melhor estratégia, como comprovado no ano passado", ele diz.
Ainda segundo Dupasquier, a média horária não é a principal dificuldade no circuito da Hungria "Onde a velocidade média por volta é relativamente baixa, uns 185 km/h". Ao ver do Engenheiro, o que dificulta o desenvolvimento dos compostos ideais para o Hungaroring é que "A pista não é muito utilizada, o que torna necessário gerar o máximo possível de aderência, mas levando em conta o quanto o asfalto é abrasivo em condições de altas temperaturas como as que são esperadas", falou, frisando que em função das poucas ultrapassagens que deverão acontecer "É fundamental uma boa posição no grid".
Dupasquier prosseguiu contando que: "Nas duas opções de pneus para seco que levamos ao Hungaroring empregamos novas técnicas para a produção dos compostos, que basicamente levaram em conta a durabilidade e a aderência", terminou. |
 |
| Jorge Kraucher |
|
