Se vão ou não vencer de novo a competição de longa duração mais tradicional do planeta é difícil dizer, uma vez que nas 7 horas restantes há muito por vir.
Fato é que os Infineon Audi R8 eram já no início dos treinos, antes da classificatória, e ainda são neste momento os carros com maior potencial para de novo estarem à frente quando terminar a maratona no "Circuit de La Sarthe".
O enorme potencial dos carros desenvolvidos e produzidos pela marca alemã dos quatro anéis tem como explicação, claro, além do investimento, também a tecnologia de ponta que foi aplicada em todas as etapas de sua concepção, do projeto inicial ao planejamento de estratégias para o alcance do tricampeonato.
O uso do sistema CadCam, hoje bastante comum em toda a indústria automobilística, é apenas a ponta do iceberg na tecnologia que foi empregada no prazo entre a idéia e a entrada do modelo na pista para treinos, treinos e mais treinos.
Os ensaios acabaram sendo um toque a mais no aperfeiçoamento das máquinas, que antes mesmo de serem levadas à pista já tinham suas reações praticamente todas conhecidas e mapeadas pelos técnicos, já que um programa especial de computador fez todas as simulações possíveis e imagináveis antes mesmo que qualquer um dos 9 pilotos contratados para a condução das 3 máquinas precisasse se importar em tirar do armário o capacete, o macacão, as luvas, sapatilhas e balaclavas.
Tanta tecnologia, acabou chamando a atenção da japonesa Team Goh International, equipe que adquiriu um dos exemplares do R8 para a disputa deste ano. Conduzido pelo trio Seiji Ara/Yannick Dalmas/Hiroki Katoh, o "R8 à japonesa" ocupava a 7ª colocação no momento em que os líderes Frank Biela/Emanuele Pirro/Tom Kristensen (campeões das provas de 2000 e 2001 em Le Mans) passaram pela 280ª vez defronte à Torre de Cronometragem do circuito que todos os anos no mês de junho se torna a Meca para os amantes das competições de Endurance. |