|
Clima é de otimismo na Ferrari |
|
A equipe Ferrari não pensa em outro resultado que não a vitória diante dos Tifosi, os fanáticos torcedores italianos que devem lotar completamente as dependências do "Autodromo Enzo e Dino Ferrari", em San Marino, uma república com apenas 60 quilômetros quadrados de área que neste final de semana sediará a 4ª etapa do Mundial de Fórmula 1.
Ross Brawn, o Diretor Técnico do time que têm sede em Maranello, diz que "É sempre muito emocionante correr na Itália diante dos Tifosi". Ross reconhece que o problema nos freios que deixou Michael Schumacher de fora do GP de San Marino do ano passado foi frustrante, mas ressaltou que o apoio dos torcedores foi fundamental para que o insucesso na prova que marcou a primeira vitória de Ralf Schumacher no "circo" pudesse ser superado: "Nós temos tido um apoio tremendo", ele falou, referindo-se aos torcedores.
Para Brawn, as dificuldades que os pilotos do time poderiam ter na corrida do próximo domingo com os freios e a tração serão facilmente contornáveis, já que segundo informou, nos treinos que a Ferrari realizou recentemente na pista de San Marino foram recolhidos "Dados técnicos suficientes" para a realização de modificações necessárias à última hora. "Testamos o novo carro em Imola há algumas semanas, o que nos permitiu ter uma boa base de dados para começarmos a trabalhar", ele conta.
O dirigente ferrarista diz que a pista de San Marino é, "junto com a do Canadá", uma das que mais exige dos freios dos carros, daí ter adiantado que os treinos da sexta-feira serão totalmente usados para a avaliação de qual dos três sistemas de frenagem disponíveis na equipe se enquadra melhor ao uso neste final de semana.
Segundo Brawn, os problemas de superaquecimento do sistema de freios que tiraram Michael Schumacher da corrida do ano passado "não deverão se repetir desta vez".
Menos carga na traseira
As características do traçado de San Marino exigem, além de um bom sistema de frenagem, que os carros tenham tração nas saídas de curva, mas sem que haja excesso de carga aerodinâmica na parte traseira do carro. "A melhor solução é correr com a parte traseira do carro o mais suave possível, sem deixar que escape", disse Ross Brawn, que ressaltou: "É um ajuste delicado, que o piloto tem de atingir no final de semana, adaptando o carro a sua própria maneira de conduzir", falou.
Para Brawn, o alcance do acerto ideal terá também muito a ver com os pneus: "Tivemos novos pneus no Brasil que testamos em Ímola, e teremos outro novo composto para Ímola, que foi testado em Interlagos", falou o britânico, que se confessou ter sido positivamente surpreendido com a resistência que os compostos da Bridgestone apresentaram diante da estratégia de uma única parada traçada para Michael Schumacher na prova brasileira. "Estávamos preocupados com a durabilidade dos pneus, mas o novo carro parece ser muito menos agressivo com os pneus traseiros que seu antecessor", completou. |
 |
Jorge Kraucher |
|