Depois do calorão que encontrou na Malásia, a Bridgestone tratou de desenvolver um novo composto de pneus, o que visa ajudar as equipes que compõem sua carteira de clientes a brigarem em igualdade de condições com os times que calçam seus carros com os produtos da concorrente Michelin.
"Ainda que as nossas equipes tenham somado pontos na Malásia, o resultado não foi tão bom quanto esperávamos, assim que estamos dispostos a melhorar no Brasil", disse Hiroshi Yasukawa, o Diretor da Bridgestone Motorsport, que prosseguiu: "No ano passado, os pilotos da Bridgestone foram ao pódio, e nosso objetivo será o de repetir isto neste final de semana", concluiu.
Os times que calçam seus monopostos com os produtos da marca japonesa (Ferrari, Jordan, Sauber, BAR e Arrows, que não treinou) testaram os pneus feitos com os novos compostos na semana passada, em Barcelona, onde recolheram informações importantes para a continuação do programa de desenvolvimento do novo composto.
Para enfrentar a prova em Interlagos, será fundamental que os pneus sofram pouco desgaste e ofereçam uma boa aderência, além de resistirem ao calor, que deve se registrar tanto no clima quanto em função do esforço a que serão submetidos, muito maior que aquele necessário à prova realizada há duas semanas na pista malaia.
"O traçado brasileiro requer muita tração, e torna necessárias diversas freadas, especialmente aquela que acontece antes da primeira curva. Os pneus tem de rodar com temperaturas elevadas, o que nos levou a desenvolver novas especificações. Nós estaremos estudando para avaliar se a melhor estratégia será a de uma ou duas paradas", contou Hisao Suganuma, Diretor geral da Bridgestone.
Ao todo, a divisão de Motorsports da fábrica japonesa enviou 1500 pneus para Interlagos, inclusos aí os dois modelos construídos com os compostos desenvolvidos após a prova na Malásia. |