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Mais uma temporada de "Guerra dos Pneus" |
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Mais que a batalha entre as equipes e os pilotos pelo alcance do topo da tabela dos Mundiais, a temporada 2002 da Fórmula 1 terá a chamada "Guerra dos Pneus", um confronto que pelo segundo ano consecutivo será travado entre os japoneses da Bridgestone e os franceses da Michelin.
Impensável nos anos de 1999 e 2000 - quando apenas a fábrica nipônica fornecia seus compostos aos times- , a Guerra dos Pneus faz com que legiões de Técnicos e Engenheiros trabalhem incessantemente mesmo no período em que os pilotos da mais badalada categoria de automobilismo do planeta curtem suas chamadas "férias de Inverno".
Superação de limites e desenvolvimento de tecnologias cada vez mais avançadas são as palavras de ordem nas duas fábricas. Não importam quantos milhares de Dólares terão de deixar os cofres desta ou daquela empresa, valendo sim os resultados que os gastos geram no sentido de satisfazer os anseios dos cada vez mais exigentes times que integram as carteiras de clientes de um ou outro fornecedores.
Franceses saíram na frente
É fato que é praticamente impossível avaliar o nível de desenvolvimento atingido tanto por Bridgestone quanto por Michelin antes que os carros calçados com seus compostos entrem na pista "prá valer".
É inviável saber quais foram os técnicos que conseguiram maior evolução sem que os bólidos estejam reunidos num mesmo local, sob as mesmas condições meteorológicas, e num mesmo momento, condições que não acontecem nos testes de pré-temporada, que foram realizados às dezenas desde os primeiros dias de janeiro.
Um fator, porém, coloca os franceses em vantagem sobre os nipônicos: os integrantes do Departamento de Marketing da fábrica de Paris trabalharam muito melhor no período de "entressafra" de corridas, persuadindo os integrantes da equipe McLaren a bandearem para seu lado, interrompendo uma parceria de três anos com a fábrica concorrente.
Uma coisa é certa, apesar das afirmativas em contrário dos chefões de cada uma das fábricas: haverá sim prioridade para os principais clientes que compõem cada uma das carteiras.
Aos times de menor porte, estará reservado o privilégio de "pegarem carona" nas tecnologias desenvolvidas para os "Top Teams", o que com certeza não resultará em nenhuma desvantagem.
Confira no quadro abaixo quais equipes integram a carteira de clientes de cada uma das produtoras de pneus.
Bridgestone | Michelin | Arrows | Jaguar | BAR | McLaren | Ferrari | Minardi | Jordan | Renault | Sauber | Toyota | | Williams | |
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Jorge Kraucher |
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