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Até mesmo no "circo" se fala em conter gastos |
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A crise financeira mundial agravada após os atentados terroristas aos Estados Unidos está fazendo com que até mesmo os integrantes do "circo" da Fórmula 1 - a mais milionária categoria de automobilismo do planeta - falem em conter gastos.
Craig Pollock, o chefão da Jaguar, chamou os responsáveis por todos os demais times para um debate sobre a contenção de gastos, mas Eddie Jordan discordou de que todos devam tratar do assunto, atribuindo apenas à Ferrari, McLaren e Williams a responsabilidade por "guiar as demais equipes nestes momentos difíceis".
Jordan disse: "Seria um grande absurdo pensar que a Fórmula 1 está imune à crise econômica. Como outros setores, precisamos reduzir gastos para enfrentar a situação". O ex-baterista de Rock ressaltou não crer que a conjuntura atual seja decorrente apenas dos fatos ocorridos em setembro. Ele falou: "Eu não acredito que a causa da crise seja só o que ocorreu no dia 11 de setembro, acho que é o reflexo de algo que já vinha se arrastando havia algum tempo", ele opinou.
O irlandês Eddie Irvine falou sobre o assunto ao jornal The Sun, dizendo que a redução de custos pode ser conseguida através da diminuição do número de treinos realizados pelas equipes. "Muitos dos treinos são desnecessários, já que trazem resultados quase imperceptíveis, apesar de custarem muito dinheiro", ele comentou.
O "driver" da equipe Jaguar disse ainda que "A Fórmula 1 já superou momentos de recessão como este, e agora vai superar novamente, mas é fato que o esporte tem de cortar gastos. E eu não estou me referindo aos salários dos pilotos", defendeu-se.
Ron Dennis, o chefão da McLaren, destacou que a conjuntura econômica pode até mesmo afetar o bom andamento do campeonato, já que muitos dos patrocinadores podem rever seus planos de gastos.
Prevendo tempos difíceis, Dennis disse duvidar que todos os times consigam baixar seus custos. "As equipes costumam gastar todo o dinheiro que conseguem, e eu não acredito que todas elas estejam preparadas para cortar gastos", opinou. |
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Jorge Kraucher |
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