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Excesso de provas dificulta as coisas nos EUA, disse Ecclestone |
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Ao juntar-se a Tony George, o dono do circuito de Indianápolis, Bernie Ecclestone tinha um objetivo muito mais amplo que o de simplesmente fazer a Fórmula 1 retornar aos Estados Unidos depois de nove anos: arrebatar investimentos de empresas do país que afinal é a grande locomotiva da economia mundial.
Para despertar o interesse de companhias dispostas a despejarem Dólares nos cofres das equipes, Bernie, e todo o "circo" da categoria que comanda, tem primeiro de mostrar a eventuais futuros investidores que a Fórmula 1 é realmente um mercado interessante.
Para que isto ocorra, porém, é necessário criar nos fãs o hábito de irem às arquibancadas para verem de perto os "top drivers" da Fórmula 1, e é exatamente aí que surge o primeiro problema: os adeptos do automobilismo da Terra de Tio Sam são capazes de dizerem praticamente tudo a respeito das carreiras de pilotos das Fórmulas CART e Indy e da NASCAR, mas sabem pouco ou quase nada a respeito de quem realmente são os astros do "circo".
Portanto, antes de pensar em receber investimentos, o "circo" tem de mostrar que é popular entre os norte-americanos, e isto seria mais fácil se algum representante local competisse na categoria, o que não ocorre.
Numa entrevista feita por Murray Walker, comentarista da britânica ITV que vai se aposentar depois da corrida do próximo domingo, Bernie Ecclestone disse que "o problema que temos nos Estados Unidos em relação à Europa é que lá acontece apenas uma corrida, enquanto aqui elas são dez. Por isso é difícil lutar". |
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Jorge Kraucher |
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