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Dia foi de retirada da maquiagem em Interlagos |
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Esta quarta-feira foi o dia escolhido pela SPObras e SPTuris para que uma parte da maquiagem que Interlagos recebeu para abrigar a corrida do Mundial de Fórmula 1 em 12 de novembro pudesse ser removida.
Desde as primeiras horas do dia, trabalhadores estiveram no circuito paulistano retirando as lonas que recobriram os boxes no GP, material que havia sido instalado em outubro, novo, e que, portanto, mostra que foi usado por 60 dias, na melhor das hipóteses.
Quanto isso custou?, oficialmente, claro, ninguém sabe, mas com certeza um monte do que foi gasto para esse “faz de conta que isso aqui é um país sério” rendeu uma bola legal a muita gente...
Isso, olhado de fora, por qualquer um que não viva estreitamente ligado ao esporte, pode sim dar e DÁ A ERRADA noção de que o templo do automobilismo está ali só para receber a Fórmula 1, mas isso está anos luz afastado de ser a realidade.
Os vereadores paulistanos poderiam aproveitar este final de semana já em climão de final de ano para dar uma passada por Interlagos e ver que o autódromo recebe numa programação de corridas um contingente enorme de gente, sejam mecânicos estáveis das equipes, sejam moradores dos arredores que vão ali para através de trabalhos como carregar pneus ou combustíveis, fazer limpeza de boxes ou peças, descarregar e carregar caminhões, garantir o “leitinho das crianças”, e assim terão mais base para ver que o Milton Leite Neto que “ocasionalmente” está na lista dos que receberam da Odebrecht flagrada dentro da Operação Lava Jato os está querendo fazer de besta para levar mais algum...
Vereador paulistano: vai lá, se diverte com a velocidade, e confere “in loco” que a pista não está lá só para a Fórmula 1, mas existe sobretudo para que um contingente de mais de 10 mil pessoas possa garantir a própria e a sobrevivência de seus familiares.
Feito isso, volta pra Câmara Municipal em 2018 com a certeza de que o teórico primeiro turno de discussões sobre a venda do autódromo foi uma armação do leitezinho para fazê-lo de trouxa. |
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Jorge Kraucher |
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