Decidir disputar a mais tradicional corrida de Endurance do país com a mesma rapidez e naturalidade de quem escolhe a camisa que usará num determinado dia. Foi isso que fez o gaúcho Alexandre Rheinlander, o “Bujão”, preparador de motores convidado a pilotar na maratona das 12 Horas de Tarumã às 20h00 do último domingo.
“Eu achei que seria como nas outras vezes, indo para o autódromo apenas como preparador, mas o Daniel (Elias) e o Christian (Petroll) me convidaram para pilotar junto com eles, e como eu não tinha mais que umas poucas horas nem pensei muito antes de aceitar”, conta Bujão.
Rheinlander taxou como “indescritível” a experiência que teve como piloto, já que segundo disse “frequento autódromos há mais de 18 anos, mas sempre como preparador, ou seja, preocupado apenas com o carro. Já como piloto, além de você se preocupar com o próprio carro, tem também de ficar atento a detalhes como sinalização e a aproximação de carros mais rápidos, já que tem de abrir caminho para não estragar nem a sua nem a corrida dos outros”, resume.
Do turbilhão de novas experiências que viveu no final de semana Bujão só tem uma queixa, que diz respeito aos muitos problemas surgidos no Gol número 77: “Tivemos uma série inacreditável de problemas com o carro, o primeiro deles uma válvula quebrada que nos forçou a trocar o motor e nos fez perder mais de 55 minutos nos boxes. Depois veio um problema na parte elétrica que apesar de detectado e reparado rapidamente, nos atrasou ainda mais. Mas isso faz parte, o automobilismo é assim mesmo”, ponderou Alexandre, que é também representante da Pro Tune Electronics, uma empresa especializada em injeção eletrônica.
Como preparador Bujão é o responsável pelos motores dos carros de diversos pilotos nos Campeonatos Gaúcho e Paulista de Marcas, tendo como um de seus clientes paulistanos Aldo Piedade Júnior, que ganhou na classificação geral da 12 Horas pilotando um protótipo MRX em trio completado por Luciano Cardoso e Jindra Kraucher. |