|
Históricos e resultados das 19 edições da "500" já disputadas |
|
Abaixo você confere um breve histórico, e os resultados de todas as 19 edições da "500 Quilômetros de Interlagos", realizadas até agora. As provas que foram disputadas no "oval" formado pelas curvas 1, 2, 3 e Junção, estão assinaladas com um asterisco (*); A corrida que teve como palco o traçado completo antigo, com 7.960 metros, está assinalada com dois asteriscos, enquanto aquelas que usaram o traçado atual, que têm 4.309 pela medição feita pela FIA em 2001, estão marcadas com três asteriscos. | Nacionalismo foi a mola propulsora da criação da "500 Quilômetros" | | Na era Juscelino Kubitschek (presidente que ao assumir o cargo prometeu fazer com que seus cinco anos de governo fizessem o país avançar cinqüenta), o nacionalismo reinante decidiu que o Autódromo de Interlagos deveria sediar uma prova que além de exaltar a recém criada indústria automotiva brasileira pudesse compor as comemorações cívicas do 7 de setembro. Foi com esta missão que os dirigentes do Automóvel Clube Paulista ? que no ano de sua criação, 1908, organizou no dia 26 de julho a primeira competição do automobilismo em São Paulo ? começaram a se mobilizar, preparando tudo para que a primeira edição da "500 Quilômetros de Interlagos" pudesse se realizar. O sonho de "fazer acontecer" virou realidade no dia 7 de setembro de 1957, quando o anel externo do circuito paulistano ? que fora fundado em 12 de maio de 1940 ? serviu como cenário da primeira "500", uma corrida que teve a narração ao vivo feita por Wilson Fittipaldi, o "Barão" (pai de Emerson e Wilsinho), que transmitiu toda a prova através da Rádio Pan Americana, a atual Jovem Pan. Ciro Caires liderou 105 passagens da disputa, fazendo também a melhor volta em 1min14s, o que ficou registrado na história como o primeiro recorde da competição. O motor de seu Ferrari porém não resistiu ao forte ritmo, e Caires abandonou a disputa, deixando o caminho livre para Celso Lara Barberis, que venceu a bordo de um Maseratti/Corvette. O segundo piloto a receber a quadriculada foi Luiz Valente. | | 1º) Celso Lara Barberis - Maseratti/Corvette - 154 voltas em 3h46min27s02, média 132 km/h 2º) Luiz Valente - 145 voltas em 3h46min50s02 3º) Godofredo Viana Filho - 142 voltas em 3h46min59s02 4º) Antonio Mendes de Barros - 127 voltas em 3h46min47s09 5º) Rafael Gargiulo - 121 voltas em 3h47min45s01 6º) Luiz Américo Margarido | Capotamento e incêndio na segunda edição | | Um capotamento seguido de incêndio no DKW de Antanas Barnaltes tumultuou a segunda edição da 500 Quilômetros, que foi realizada em 7 de setembro de 1958. Apesar de impressionante, o acidente não causou maiores ferimentos ao piloto, que assistiu dos boxes - à época meros barracões de madeira montados na metade da reta principal - à parte final da disputa, onde o paulista Fritz Dorey venceu pilotando um Ferrari/Corvette. Camilo Christófaro, o "Lobo do Canindé", ficou com a segunda colocação. | | 1º) Fritz Dorey - Ferrari/Corvette - 154 voltas em 3h33min00s08, média de 141 km/h 2º) Camilo Christófaro - 152 voltas em 3h33min55s07 3º) Celso Lara Barberis - 149 voltas em 3h33min45s06 4º) Pascoal Nastromagario - 145 voltas em 3h33min56s07 5º) Francisco Landi - 144 voltas em 3h34min14s08 6º) Nain Honsi - 131 voltas em 3h33min42s03 | Baixas marcaram a corrida de 1959 | | A terceira edição "500", que aconteceu no dia 7 de setembro de 1959, foi marcada por um grande número de baixas entre os pilotos que formaram o grid, tanto que dos 21 carros que largaram apenas 11 permaneciam na pista quando a quadriculada foi agitada. Ciro Caires marcou um novo recorde de volta para a prova ao "virar" 1min11s02. Celso Lara Barberis voltou a vencer, desta vez conduzindo um Masetatti 3000. A segunda colocação ficou para Nivola. | | 1º) Celso Lara Barberis - Masetatti 3000 - 154 voltas em 3h28min18s02, média de 142 km/h 2º) Nivola - 154 voltas em 3h28min35s04 3º) Alberto Carraro - 154 voltas em 3h28min44s02 4º) Antonio Mendes de Barros - 154 voltas em 3h29min35s03 5º) Antonio Versa - 154 voltas em 3h29min09s02 6º) Fernando Mafra Moreira - 154 voltas em 3h29min36s03 | Participação estrangeira, e um acidente fatal em 61 | A participação de pilotos estrangeiros (proibida desde a primeira edição, quando não nascidos em nosso país eram proibidos de correr, a não ser que morassem por aqui) foi um dos fatos marcantes da 4ª edição da "500", realizada no dia 7 de setembro de 1961. Um acidente que provocou uma vítima fatal, e ferimentos em um mecânico foi outro fato marcante da corrida. Ele ocorreu quando o carro de Jaime Guerra entrou desgovernado nos boxes, atingindo em cheio seu mecânico-chefe Vito Losacco, e provocando ferimentos no mecânico José Gimenes Lopes. Celso Lara Barberis conquistou o tricampeonato, novamente pilotando um Maseratti/Corvette. Atrás dele a quadriculada foi agitada para Aguinaldo Góis Filho. | | 1º) Celso Lara Barberis - Maseratti/Corvette - 154 voltas em 3h27min45s02,(144,40 km/h) 2º) Aguinaldo Góis Filho - Ferrari - 151 voltas em 3h28min50s01 3º) Ruggero Peruzzo - Masseratti - 151 voltas em 3h27min46s01 4º) Justino de Maio - 147 voltas em 3h26min20s03 5º) Antonio Versa - 144 voltas em 3h28min42s04 6º) Paulo H. Amaral - 142 voltas em 3h28min20s06 | Nem a penalização impediu Galucci de vencer em 62 | Nem mesmo a penalização que sofreu por queima de largada foi capaz de impedir que Roberto Galucci vencesse a bordo de um Ferrari/Corvette a 5ª edição da "500 Quilômetros", realizada em 7 de setembro de 1962. Como havia ocorrido na prova de 1959, o número de desistências foi grande entre os participantes, tanto que apenas 7 dos 17 carros que haviam formado o grid rodavam no momento em que a quadriculada foi agitada. A posição de número dois ficou para o "Lobo do Canindé" Camilo Cristófaro. | | 1º) Roberto Galucci - Ferrari/Corvette - 154 voltas em 3h20min35s03, média de 147 km/h 2º) Camilo Cristófaro - 150 voltas em 3h19min40s02 3º) Antonio Carlos Aguiar - 150 voltas em 3h20min50s03 4º) Justino de Maio- 149 voltas em 3h20min19s02 5º) Christian Heins - 141 voltas em 3h20min18s03 6º) Arlindo Aguiar - 140 voltas em 3h20min17s02 | Duas mortes marcaram a corrida em 1963 | A sexta edição da 500 Quilômetros de Interlagos - realizada no dia 7 de setembro de 1963 - foi trágica. Augusto "Dinho" Bonotti faleceu em decorrência dos ferimentos sofridos num acidente ocorrido durante os treinos, e o tricampeão da prova Celso Lara Barberis morreu depois que seu carro capotou na entrada da Reta dos Boxes. Em homenagem aos colegas mortos, Roberto Galucci nem comemorou o alcance de sua segunda vitória na competição, que ele disputou a bordo de um Maseratti/ Corvette, o mesmo carro usado por Antonio Mendes de Barros, o segundo colocado. | | 1º) Roberto Galucci - Maseratti/Corvette - 154 voltas em 3h24min30, média de 148 km/h 2º) Antonio Mendes de Barros - Maseratti/Corvette 3º) Jaime Silva - Simca Special 4º) Luiz Valente - Duchen Special 5º) Marivaldo Fernandes - Gordini Jr 6º) Euclides Pinheiro - Maseratti | Buracos impediram o uso do anel externo | Um enorme número de buracos impediu que o anel externo fosse usado na edição da 500 Quilômetros disputada no dia 7 de setembro de 1964, data em que o palco da disputa foi o traçado completo, com todos os seus 7.960 metros. J. Fernandes Martins, o "Toco", considerado por muitos o "azarão", já que era apenas o terceiro piloto da equipe Abarth/Simca, fechou na frente as 63 voltas totais, seguido de Luiz Pereira Bueno, que competiu pilotando um Willys/ Interlagos. José Carlos Pace, o "Moco" - que hoje empresta seu nome ao circuito paulistano ? também disputou a prova a bordo de um Willys/Interlagos. | | 1º) J. Fernandes Martins - Abarth/Simca - 63 voltas em 4h17min58s09, média 117,225 km/h 2º) Luiz Pereira Bueno - Willys/Interlagos - 60 voltas em 4h18min06s03 3º) José Carlos Pacce - Willys/Interlagos 4º) Bird Clemente - Willys/Interlagos 5º) Carol Figueiredo - Renault 6º) Waldemir Costa - Renault 1093 | Jaime Silva venceu no retorno ao "oval" | Jaime Silva, que hoje é preparador na Stock Car, venceu a 8ª edição da 500 Quilômetros, realizada em 7 de setembro de 1965, quando as disputas voltaram a acontecer no anel externo de Interlagos. Roberto Galucci era apontado como grande favorito à vitória, mas problemas com o motor de seu carro o impediram de alcançar o tricampeonato. A quadriculada apontou Wilsinho Fittipaldi (o pai de Christian) como segundo colocado, correndo a bordo de um monoposto Willys. | | 1º) Jaime Silva - Simca/Abarth - 154 voltas em 3h28min05s 2º) Wilson Fittipaldi - Monoposto Willys - 149 voltas 3º) Ciro Caires - Protótipo Simca - 148 voltas 4º) Eduardo Celidonio - Ferrari/Corvette - 148 voltas 5º) Antonio Carlos Aguiar - Chevrolet/Corvette - 148 voltas | Dobradinha da Willys na nona edição | | A Willys-Overland, montadora que mais tarde viria a ser adquirida pela Ford, conseguiu colocar dois dos carros de sua equipe oficial nas principais posições da 9ª edição da 500 Quilômetros, realizada no dia 7 de setembro de 1966. O triunfo coube a Luiz Pereira Bueno, que pilotou um modelo Alpine, o mesmo usado por Bird Clemente, o segundo na quadriculada. Na entrevista após a corrida, Bueno admitiu que o alcance do triunfo só foi possível em razão dos problemas no motor que alijaram da disputa Wilsinho Fittipaldi. Durante a prova Waldomiro Pieski capotou seu DKW na saída da curva 2. O carro ficou completamente destruído, mas o piloto felizmente escapou ileso. | | 1º) Luiz Pereira Bueno - Alpine Willys - 154 voltas em 3h28min00s01, média 145,163 km/h 2º) Bird Clemente - Alpine Willys- 149 voltas 3º) Ciro Caires - Protótipo Simca - 145 voltas 4º) Mario Cesar Marinho de Camargo - 142 voltas 5º) José Ramos - 139 voltas 6º) Jair "Jota"Santiago - 131 voltas | Troca de carro valeu a vitória a "Totó" Porto | A décima edição da 500 Quilômetros de Interlagos (realizada em 7 de setembro de 1967) começou com a liderança de José Carlos "Cacaio", que comandou as 28 primeiras voltas, mas deixou a disputa após um choque contra o carro de um adversário. Antonio Carlos "Totó" Porto, que havia inscrito seu próprio Fórmula-V para a corrida, decidiu à última hora competir com o carro da mesma categoria pertencente a Ludovico Pires, que desistiu de participar da prova por ter se sentido mal antes da largada. A troca de carro valeu a vitória a Porto, que na quadriculada tinha a escolta de José Carlos Pace, o "Moco". Os Fórmula V eram monopostos equipados com motores Volkswagen, que disputavam um Campeonato Brasileiro conduzidos por grandes feras de nosso automobilismo na época. A montadora era a patrocinadora oficial do certame. | | 1º) Antonio Carlos "Totó" Porto - Fórmula V - 154 voltas em 3h52min00s07, (128,900 km/h) 2º) José Carlos Pace - 154 voltas 3º) Eduardo Celidonio - Ferrari/Corvette - 154 voltas 4º) Antonio Carlos Aguiar - 153 voltas 5º) Francisco Lameirão - 150 voltas 6º) Wilson Fittipaldi - 150 voltas | Três anos mais tarde, uma nova conquista de Bueno | O fechamento do autódromo para grandes reformas fez com que a 11ª edição tivesse de esperar três anos para acontecer. Em 7 de setembro de 1970, o "oval" foi reaberto para a disputa "encolhido" para 3.207 metros, fato que levou os organizadores a acrescerem duas voltas à prova, perfazendo assim os 500 Quilômetros. Camilo Christófaro tinha a preferência da maioria dos espectadores presentes às arquibancadas, que vibraram bastante nas primeiras 18 passagens, quando o "Lobo do Canindé" comandou o ritmo da prova. Depois, porém, o clima passou a ser quase de comoção, já que Christófaro teve problemas no motor, e depois de permanecer parado nos boxes por diversas voltas despencou para a 13ª posição. Sem Camilo na pista, o caminho ficou livre para mais um triunfo de Luiz Pereira Bueno, que admitiu depois da corrida que se Christófaro não tivesse tido problemas o alcance da vitória seria praticamente impossível. As condições do protótipo Bino/Corcel de Bueno eram precárias depois do encerramento da competição: o pára-brisa não estava mais no lugar, o mesmo acontecendo com o capô e a proteção do motor, que haviam ficado pela pista. Jaime Silva foi o segundo colocado, pilotando um Furia-FNM (o motor que equipava o carro, o FNM - sigla de Fábrica Nacional de Motores - era conhecido por muitos como "Fenemê"). | | 1º) Luiz Pereira Bueno - Protótipo Bino Corcel - 156 voltas em 2h56min00s, média de 170 km/h 2º) Jaime Silva - Protótipo Furia-FNM - 155 voltas 3º) Eduardo Celidonio - Protótipo Snobs Corvair - 148 voltas 4º) Roberto Dal Pont - BMW - 148 voltas 5º) Pedro Vitor Delamare - Opala - 148 voltas 6º) José "Tite" Catapani - Alfa Romeo - 148 voltas | Pereira Bueno venceu mais uma, desta vez com um Porsche | Luiz Pereira Bueno pilotou um Porsche 908 na edição da 500 Quilômetros realizada no dia 7 de setembro de 1971, quando conquistou o tricampeonato. Francisco Lameirão (então uma das feras da Fórmula V), foi o segundo colocado, também na pilotagem de um carro produzido em Stuttgart, este porém do modelo 910. A corrida teve a participação de Paulo Gomes (atual piloto da Stock Car) e de Abilio Diniz, do Grupo Pão de Açucar. Eles concluíram a disputa respectivamente na quarta e na sexta posições. | | 1º) Luiz Pereira Bueno - Porsche 908 - 156 voltas em 2h38min16s02, média de 189,668 km/h 2º) Francisco Lameirão - Porsche 910 - 149 voltas 3º) Eduardo Celidonio - Royale Alfa - 142 voltas 4º) Paulo de Mello Gomes - BMW Spider - 142 voltas 5º) Antonio Carlos Avallone - Lola T-70 - 141 voltas 6º) Abilio Santos Diniz - Alfa Romeo - 138 voltas | Festa germânica na edição de 1972 | A décima-terceira edição da 500 Quilômetros de Interlagos, realizada no dia 7 de setembro de 1972, acabou se transformando numa festa completamente germânica. Reinhold Jost, piloto alemão que conduziu um Porsche 908/3, chegou na frente, terminando com a escolta de um carro da mesma marca, porém do modelo 908/2, pilotado pelo tricampeão da prova Luiz Pereira Bueno. | | 1º) Reinhold Jost (Alemanha) - Porsche 908/3 - 156 voltas em 2h25min57s, (205,655 km/h) 2º) Luiz Pereira Bueno (Brasil) -Porsche 908/2 - 155 voltas em 2h26min04 3º) Herbert Miller (Suíça) -Ferrari 512M - 153 voltas em 2h26min06 4º) Marivaldo Fernandes (Brasil) - Alfa P33/3- 149 voltas em 2h26min05 5º) Nilson Clemente (Brasil) - Avallone/Ford - 144 voltas em 2h26min50 6º) Paul Blancpain (Suíça) - Chevron B/19 - 141 voltas | Irmãos Clemente chegaram na frente na 14ª prova | Os irmãos Bird e Nílson Clemente, da equipe Dropgal-Ford, comandada por Luiz Antônio Greco, venceram em 7 de setembro de 1973 a 14ª edição da "500 Quilômetros", uma das cinco corridas de longa duração disputadas pelos carros que um ano mais tarde passariam a disputar um dos mais competitivos certames de toda a história de nosso automobilismo: o Brasileiro de Turismo - Divisão 1, destinado a carros sem preparação. O triunfo dos Clemente aconteceu a bordo de um Maverick GT V-8, carro lançado meses antes no mercado brasileiro. A história dos Maverick no Brasil é bastante curiosa. O veículo foi concebido para o mercado norte-americano, onde as vendas foram um verdadeiro fiasco. Em função disso a companhia mandou para nosso país primeiro unidades montadas, e depois as peças que abarrotavam os estoques da fábrica na Terra de Tio Sam. Por aqui o veículo foi um verdadeiro top de vendas, agitando o mercado até que sua produção fosse descontinuada, em 1977. Ainda hoje há veículos do modelo rodando por aí, alguns em condições até melhores que as de carros muito mais novos. Luiz Alberto Pandini colaborou com as informações relativas à prova | | 1º) Bird Clemente/Nílson Clemente (SP/SP, Maverick GT V-8) | Catapani e Hoffmann levaram a melhor em 1974 | Em 1974 a prova "500 Km de Interlagos" fez parte do Campeonato Brasileiro de Divisão 3, destinada a carros de rua preparados. A D-3 tinha à época um grande número de adeptos, tanto que foram necessárias provas de seleção para determinar quais seriam os 33 pilotos participantes da disputa. Como havia ocorrido nas provas de 59 e 62, o número de desistências em razão de problemas mecânicos ou acidentes foi bastante significativo. O Ford Maverick de José Renato "Tite" Catapani, da equipe Hollywood, rendeu muito bem, o que lhe permitiu vencer com facilidade. A segunda colocação ficou para Edgard de Mello Filho, que correu com um opala da equipe Itacolomy-Safra. Na época, os Maverick e Opala disputavam a Classe C (acima de 2.500 cm3) da Divisão 3. Na Classe A (para carros até 1.600 cc), a vitória foi de Ingo Hoffmann, que correu com um modelo Brasília, um verdadeiro fenômeno de vendas que a filial brasileira da Volkswagen teve de tirar de linha por determinação da matriz, que não recebia "royalties" pela produção do carro. Pela Classe B, destinada a carros com motores entre 1.600 e 2.500 cc, o único piloto inscrito foi Antônio Mendes Gonzalez, que ficou pelo caminho depois de ter problemas em seu FNM JK. Luiz Alberto Pandini colaborou com as informações relativas à prova | | 1º) José Renato "Tite" Catapani (SP, Maverick V-8) | Carros a álcool na 16ª edição | As provas de longa duração foram totalmente proibidas no Brasil entre 1977 e 1979, já que haviam dúvidas sobre como seriam as coisas no futuro, reflexo da crise do Petróleo que havia começado em 1973. Com a adoção do álcool como combustível (a salvação da pátria segundo o governo de então), as provas de maior duração começaram a voltar ao cenário do automobilismo nacional. A 500 Quilômetros voltou a ser realizada em 1982, mas as coisas não foram exatamente como imaginava o então presidente do Automóvel Clube Paulista Cármine Maida. A primeira corrida com carros movidos a álcool foi um fiasco, já que o número de inscritos foi bem pequeno, e o nível técnico muito ruim. Contando apenas com carros Chevrolet Opala que disputavam o Campeonato Paulista da Classe C, a disputa foi vencida por Luiz Pereira Bueno (que à época corria também na Stock Car). O piloto formou dupla com Nabil Khodair, o dono do carro vencedor. Colaborou Luiz Alberto Pandini | | 1º) Luiz Alberto Pereira/Nabil Khodair (Opala 4100) | Quinze anos depois, a primeira corrida nacional com resultados em tempo real na Internet | | Foram quinze longos anos entre a realização da 16ª e a 17ª edições da 500 Quilômetros de Interlagos, que teve a disputa que marcou a volta ao cenário automobilístico nacional realizada no dia 8 de agosto. Na pista aconteceu o que todo mundo já previa: os Porsche comandaram as ações já a partir dos treinos livres. Ao lado dela, mais precisamente na Torre de cronometragem, a equipe que sete meses mais tarde viria a iniciar a caminhada deste site fez o que até então ninguém havia feito: disponibilizou os resultados parciais e final em tempo real através da Internet. Os dados daquela cobertura, infelizmente, foram deletados algum tempo após pelo provedor gratuito onde foram colocados. Felizmente, um disquete contendo os resultados parciais e final disponibilizados foi localizado, e você pode ver o arquivo clicando aqui. A primeira corrida realizada no traçado atual de Interlagos (o ouso de partes do original ficou inviabilizado depois das reformas solicitadas pela FIA em 1990) teve domínio dos Porsche das duplas André Lara Rezende/Antonio Hermann e Dener Pires/Roberto Keller, que fecharam as duas principais colocações. Os valentes Aldee completaram do terceiro ao sexto lugares. | Resultado da 17ª edição*** | | 1º) André L.Rezende/Antonio Hermann-Porsche ,116 vts. em 3h34min34s242 (139,122 km/h) 2º) Dener Pires/Roberto Keller - Porsche, 112 voltas 3º) Robson Rizzo/Jued Nader Jr/José Caterina - Aldee,110 voltas 4º) Tino Vianna/Vito Ardito - Aldee, 109 voltas 5º) Alexandre Zaninotto/Luiz Amorim Jr. - Aldee, 108 voltas 6º) Ricardo Flaquer/Marcio Sciola - Aldee, 105 voltas | Acidente provocou a interrupção da prova em 99 | A edição número 18 da 500 Quilômetros de Interlagos outra vez começou com o domínio de um Porsche. Nos treinos livres e na classificatória, Regis Schuch e André Lara Rezende mantiveram o modelo 911GT2 da marca alemã adiante de todos os outros carros. No momento em que terminou a tomada de tempos, o carro fabricado em Stuttgart detinha o melhor tempo, com 1min42s227, contra 1min42s520 estabelecido pela dupla Athos Diniz e Délcio Correa Filho, a quem era atribuído algum favoritismo já que eles haviam ganho a Mil Milhas de 98 (quando formaram trio com Tom Stefani) a bordo do mesmo protótipo AS Vectra 2.0. Nas seis primeiras voltas a disputa foi acirrada pela ponta entre o veículo alemão e o protótipo "Madre in Brasil". Metros antes do complemento da sétima passagem um pedaço da carnagem do AS Vectra se soltou, o que fez com que o carro guinasse para a parte externa da pista, atingindo em cheio a Porsche. A corrida, que havia tido sua largada autorizada pelo diretor de prova Ernesto Costa e Silva às 13h22, foi interrompida às 13h36, permitindo que os carros fossem retirados e que a pista fosse limpa. Acusações de parte a parte aconteceram entre os pilotos dos dois veículos envolvidos no impressionante acidente, que felizmente não causou ferimentos a ninguém. O protótipo As Vectra do trio Paulo Gomes/Ciro Aliperti Jr./Belmiro Ferreira Jr assumiu o comando das ações na relargada, tendo na 16ª passagem a escolta de um Aldee, pertencente à dupla José Ney Fonseca/Antonio Chambel Filho. As paradas nos boxes para troca de pneus e reabastecimento provocaram uma série de alternâncias na liderança entre os carros de Gomes/Aliperti./Ferreira Jr e Fonseca/Chambel Filho. A partir do 87º giro as posições ficaram definidas: o Aldee de José Ney /Antonio recebeu na primeira posição a bandeirada, com a escolta do Protótipo AS Vectra de Paulo/Ciro/Belmiro. | Resultado da 18ª edição*** | | 1º) Jose Ney Fonseca/Antonio Chambel Filho (SP/SP, Prot. Aldee 2000), 108 voltas em 3h28min52s540 (média de 133,152 km/h); 2º) Paulo Gomes/Ciro Aliperti Jr./Belmiro Ferreira Jr (SP/SP/SP, Prot. As Vectra 2000), 108 voltas; 3º) Luiz Alves Amorim Jr/Alexandre Zaninoto Daitan (SP/SP, Aldee 2000), 107 (a 1 volta) 4º) Michel Caspari/Fulvio Marote (SP/SP, Aldee 2001), 106 (a 2 voltas); 5º) Carlos "Tigueis" Batista/José Carlos Alves (SP/SP, Omega 4100), 105 (a 3 voltas); 6º) Mario Félix Bove/Otávio Borsi Jr/Carlos Cantarelli (SP/SP, Prot. Aldee 2000), 104 (a 4 voltas); Melhor volta: Athos Vieira Diniz/Délcio Correa Filho (Prot. As Vectra), - 1min46s230 (média de 145,450 km/h), na 5ª passagem | Escuridão e chuva encerraram antes a prova em 2000 | A escuridão que tomou conta de Interlagos à partir das 17 horas, e a chuva que tornou a pista bastante escorregadia, levaram a direção de prova a encerrar antes do complemento das 116 voltas previstas a 19ª edição da "Quinhentos Quilômetros de Interlagos", que foi realizada no dia 27 de agosto do ano passado. A vitória foi da dupla Ruyter Pacheco/Flávio de Andrade, que concluiu as 91 passagens totais completadas à frente fechou as 91 passagens em 3h03m59s758. A segunda posição ficou para a dupla Ricardo Daim/Paulo Sérgio Yamamoto, que correu com um protótipo Spyder 2.0. Terminada a corrida Andrade contou que as três paradas extras que foram necessárias para o reparo da luz de freio o levou a pensar que todo o trabalho do time que se deslocou desde Brasília cairia por terra. Não foi isso que aconteceu... | Resultado da 19ª edição*** | | 1º) Ruyter Pacheco/Flávio Adrade (DF/RJ, Espron BMW), 91 voltas em 3h03min59s758 (média de 127,393 km/h); 2º) Ricardo Daim/Paulo Sérgio Yamamoto (SP/SP, Spyder 2.0), 90 (a 1 volta) 3º) Carlos Eduardo Teixeira/Luiz Coselli/Renato Marlia (SP/SP/SP, Aldee 2.0), 90 (a 1 volta) 4º) Luiz Amorin/Fabio Murari (SP/SP, Aldee 2.0), 90 (a 1 volta) 5º) Sérgio Burguer/Ricardo L. Borges (RJ/RJ, Escort), 88 (a 3 voltas) 6º) Peter William Januário/Jair Bana (SP/PR, Protótipo), 88 (a 3 voltas) Melhor volta: Carro nr. 11 José Venezian/Roberto Samed (Porsche), 1min43s141 (média de 149,842 km/h), na 45ª |
|
 |
Jorge Kraucher |
|