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Carros iguais e muita disputa entre as mulheres na Ford Fiesta |
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As mulheres estão nas pistas com o Campeonato Brasileiro de Ford Fiesta Feminino. Idealizado por Maria Helena Fittipaldi, presidente da Ampacom (Associação das Mulheres Pilotos de Automobilismo de Competição), e apoiado pela Ford Brasil, a competição vem conseguindo preencher os 16 lugares no grid com facilidade. Tudo isso porque os modelos Fiesta foram modificados para se tornarem mais competitivos, mas conservando as principais características dos modelos de rua.
Os 16 modelos Fiesta colocados à disposição da organização do Campeonato Brasileiro passaram por modificações. O responsável pelo desenvolvimento, preparação e manutenção dos carros é o Centro Pilotagem Roberto Manzini, de São Paulo. Na sexta-feira, um dos instrutores do Centro de Pilotagem, o André Bragantini ou o Giuliano Losacco, acerta o protótipo e passa os acertos para os 16 carros, que ainda serão sorteados entre as pilotos. Essa medida visa a redução de custos e torna a categoria ainda mais equilibrada e emocionante para os espectadores. "Esta é a primeira vez no Brasil que os carros são sorteados para as provas", explica Beto Manzini. "Já aconteceu isso em provas promocionais, mas nunca em um campeonato inteiro."
O motor do Fiesta de competição é o Zetec Rocam 1.6, o mesmo utilizado no modelo vendido nas concessionárias. Mas a diferença está na potência, que passou de 95 cavalos para 105 cv a 6 mil rpm. O aumento na potência foi conseguido por meio do mapeamento do módulo de gerenciamento efetuado pelo Campo de Provas Ford, em Tatuí ? SP, e Visteon eletrônica que acompanha todas as etapas efetuando check no local.
Outra modificação interessante, para deixar o carro com cara de competição, foi feita do tubo primário do escapamento para trás, mas o coletor de escape original foi mantido. Assim o motor deixa as características silenciosas do modelo de rua para um barulho de competição mesmo. "Redimensionamos o escapamento do Fiesta. O barulho não chega a ser tão alto quanto os outros carros de competição, mas é bem mais barulhento que os modelos de rua. Apesar disso, usamos um abafador para reduzir os níveis de decibéis", explica Manzini.
As mudanças no carro agradaram as competidoras. "Todo mundo está andando muito junto. Os carros estão bem equilibrados. Faltava uma categoria como essa para as mulheres", diz a pernambucana Danuza Moura, de 21 anos, vencedora da segunda etapa, em Caruaru. "Temos de ressaltar o grande trabalho que a Maria Helena, o Roberto Manzini e a Ford estão fazendo para deixar a categoria equilibrada e atraente", explica a piloto que também corre no Brasileiro da Stock Light. |
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Luiz Rodrigues |
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