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Petrobras comemora 10 anos fornecendo combustível para a F-1 |
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No dia 10 de julho de 1998, durante os treinos livres do Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, a Petrobras estreava como fornecedora oficial de combustível da equipe Williams, da Fórmula 1. Nessa data, os carros da escuderia inglesa correram, pela primeira vez, com gasolina 100% brasileira. Após dez anos, dois milhões de litros de gasolina produzidos com 20 fórmulas diferentes e muitas conquistas tecnológicas, a companhia brasileira comemora, na sexta-feira (dia 4), nos treinos livres do mesmo GP de Silverstone, uma década abastecendo a categoria mais importante do automobilismo mundial.
Durante esse período, a Petrobras percorreu o mundo transportando gasolina para todos os GPs, uma logística complexa que demanda o trabalho de uma equipe de aproximadamente 50 profissionais, entre engenheiros e técnicos, que vai desde a escolha das matérias-primas até a definição da fórmula, passando por dezenas de testes e transporte marítimo, terrestre ou aéreo.
O desenvolvimento da gasolina especial para a F-1 é um trabalho conjunto do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e da área de Abastecimento, e o preparo é feito no Laboratório de Motores do Refino, em Canoas (RS). O combustível é enviado para os testes e corridas a partir de Hamburgo, na Alemanha - onde a Petrobras armazena a gasolina - em tambores de 200 litros e tanques de 20 mil litros. Cerca de 200 mil litros são produzidos por ano, para os testes e corridas.
"As competições automobilísticas, em especial a Fórmula 1, representam o máximo de avanço na área da engenharia automotiva. Participar da mais importante categoria do automobilismo mundial é uma grande oportunidade para uma empresa de energia, onde se torna imperativo o desenvolvimento de produtos para as mais elevadas exigências", afirma o engenheiro Rogério Gonçalves, coordenador-técnico da gasolina da Petrobras para a Fórmula 1.
Quando decidiu entrar na F-1, a Petrobras tinha dois objetivos primordiais: reforçar a sua marca no exterior e usar o laboratório de provas mais sofisticado do mundo para o desenvolvimento de novos produtos e de alta tecnologia. "Durante esse período, a Petrobras precisou vencer diversos desafios. A Williams teve quatro marcas de motores, o regulamento alterou a cilindrada (de 3.000cc para 2.400cc), a configuração (de V10 para V8) e a durabilidade mínima dos motores (obrigados a resistir por duas corridas). Para 2008, com a obrigatoriedade da utilização de biocombustíveis adicionados à gasolina, novas necessidades foram criadas exigiram uma rápida capacidade de resposta e adaptação", explica Gonçalves.
Aliás, a determinação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para que as equipes da F-1 passassem a utilizar, obrigatoriamente, pelo menos 5,75% de biocombustível na composição da gasolina garantiu mais um importante capítulo na parceria entre Petrobras e Williams. No fim do ano passado, a Companhia tornou-se a primeira petroleira a anunciar oficialmenteo lançamento da gasolina para a F-1 com adição de componentes renováveis, ou biocombustíveis.
Um dos resultados práticos do trabalho desenvolvido pela Petrobras na Fórmula 1 foi o lançamento da gasolina Podium, que se tornou o melhor combustível do país. |
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Jorge Kraucher |
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