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Na Fórmula 1, Desafios e incógnitas na temporada 2006 |
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Com a primeira das 18 corridas marcada para o próximo domingo no Bahrain, o ?circo? da Fórmula 1 começa a escrever a história de mais uma temporada, num ano de 2006 em que muitos desafios terão de ser vencidos por pilotos, equipes e seus fornecedores.
O heptacampeão Michael Schumacher começará aquela que pode ser sua última temporada na categoria disposto a provar a si próprio que ainda é capaz de vencer, algo que fez pouco no ano passado em função de um modelo da Ferrari que em diversas ocasiões beirou o fiasco.
O time defendido pelo alemão iniciará neste final de semana uma batalha com todas as suas armas em busca do privilégio de terminar na frente o Mundial de Construtores, apostando todas suas fichas no novo ?248 F1?, carro que todos em Maranello acreditam poder render bem também graças a uma melhora dos pneus Bridgestone, culpados por grande parte dos insucessos de 2005.
Outra equipe que estará empenhada em provar estar entre aquelas com capacidade para venceré a McLaren, que com seu ?MP4-21? brigará para retornar ao topo, o que certamente será uma bandeira branca na guerra de acusações travada entre os donos da escuderia e os representantes da Mercedes Benz, fornecedora dos propulsores.
A Renault, equipe que no ano passado chegou a beirar a perfeição, terá um 2006 desafiante, tanto por ter de provar ser capaz de seguir ganhando quanto para contornar o clima ruim criado a partir da admissão do campeão Fernando Alonso de que defenderá a McLaren a partir de 2007.
Ainda dentro da Renault, há a uma chama de esperança, tênue, é verdade, de que o companheiro de Alonso Giancarlo Fisichella possa não apenas andar na frente mas também ganhar corridas, algo que fez em poucas ocasiões numa carreira que já soma a participação em 160 GPs.
Uma completa incógnita é esperada na chamada ?Guerra dos Pneus?, já que a Michelin diz que não freará os investimentos no desenvolvimento de bons compostos, o que toma ares de promessa de político em campanha se considerado o fato de que deixará a categoria no final deste ano.
E os brasileiros?
Acreditar que o agora piloto da Ferrari Felipe Massa e o novo contratado da Honda Rubens Barrichello farão um grande campeonato é apostar a fundo perdido, já que Felipe será o segundo piloto num time que jamais deu a mesma atenção a seus dois ?drivers?.
Já Rubens, correrá por um time que apesar de milíonário jamais teve um carro terminando na frente um GP, havendo de se considerar também o fato de que será o companheiro de Jenson Button, piloto que já defendia a equipe, e que, portanto, já conta com a amizade e o respeito de boa parte de seus colaboradores.
É será assim, num clima cheio de incógnitas, que o ?circo? abrirá no domingo sua 57ª temporada. |
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Jorge Kraucher |
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