Depois de uma passagem pelo traçado numa prova extra-campeonato disputada em 1972 - vencida pelo argentino Carlos Reutmann a bordo de um Brabham BT34/Ford -, o ?circo? da Fórmula 1 voltou ao Brasil para disputar sua primeira corrida oficial no dia 11 de fevereiro de 1973.
Na sessão de classificação para o primeiro GP no traçado de 7.960 metros do então Autódromo Municipal de Interlagos, quem levou a melhor foi o sueco Ronnie Peterson, que cravou a pole position a bordo de um Lotus 72D/Ford, ?virando? 2min30s5 à média de 190,405 km/h.
Na corrida, porém, brilhou a estrela do brasileiro Emerson Fittipaldi, que usando um bólido com as mesmas características do de Petterson venceu as 40 voltas em 1h43min55s600, indo ao pódio em companhia do escocês Jackie Stewart, que recebeu a bandeirada com 13s500 a bordo de um Tyrrell 005/Ford, e do neozelandês Denny Hulme, que com um McLaren M19C/Ford cruzou a linha de chegada com 1min46s400 de desvantagem.
A segunda prova oficial no Brasil foi disputada em 27 de janeiro de 1974, quando Fittipaldi, que passara a defender as cores da McLaren, foi o melhor tanto na sessão de classificação - onde conquistou a pole position com 2min32s97 -, quanto na corrida, vencendo as 32 voltas após 1h24min37s060, com 13s970 de vantagem sobre o suíço Clay Regazzoni, da Ferrari, e com uma volta de dianteira em relação ao Lotus do belga Jacky Ickx.
Em 75 foi a vez de José Carlos Pace fazer com que o verde e amarelo tremulasse acima do degrau mais alto do pódio, com o piloto da Brabham formando dobradinha com Emerson Fittipaldi no pódio de uma disputa que começou com o francês Jean-Pierre Jarier na pole position, com um Shadow, e terminou com o alemão Jochen Mass, companheiro de Emerson na McLaren, ocupando o terceiro degrau do pódio.
Piquet ganhou no Rio de Janeiro
Acostumados às vitórias dos representantes de nosso país, os brasileiros tiveram de esperar até o dia 13 de março de 1983 para verem nossa bandeira novamente tremular no topo do pódio.
E o responsável pela quebra do jejum de vitórias brazucas foi Nelson Piquet, que a bordo de um Brabham ganhou a prova que pelo terceiro ano consecutivo aconteceu no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde concluiu as 63 voltas à frente do austríaco Niki Lauda, da McLaren, e do francês Jacques Laffite, que pilotou um Williams, carro da mesma equipe pela qual o finlandês Keke Rosberg havia conquistado a pole position.
Em 23 de março de 1986, outra vez numa corrida disputada na pista da Zona Oeste da capital carioca, Nelson Piquet voltou a ganhar, agora a bordo de um Williams, com o qual cruzou a linha final das 61 voltas à frente do pole position Ayrton Senna, e de Laffite.
Consecutivamente entre as provas de 1988 e 1990 ? as duas últimas da década de 80 no Rio, e a primeira da de 90 no então já remodelado circuito paulista -, as pole positions para as corridas brasileiras foram conquistada por Ayrton Senna, mas as vitórias acabaram sempre lhe escapando por entre os dedos.
Foi apenas em 24 de março de 1991, já na fase em que as provas no Brasil passaram a ter como único cenário o traçado paulistano, que Ayrton venceu pela primeira vez, fechando as 71 voltas da prova onde ele próprio marcou a pole position com um McLaren depois de 1h38min28s128, com 2s991 de vantagem sobre Riccardo Patrese, da Williams, e 5s416 à frente de seu companheiro de equipe Gerhard Berger.
O sétimo e último triunfo de um piloto local no GP do Brasil até aqui foi conquistado pelo próprio Ayrton Senna, que no dia 28 de março de 1993 venceu as 71 voltas da prova disputada em Interlagos que teve o francês Alain Prost largando da pole com um Williams, e que teve a festa do pódio completa pela presença do inglês Damon Hill, também da Williams, e pelo alemão Michael Schumacher, que então defendia as ´United Colors of Benetton´. |
