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Watson fez críticas ao BRDC |
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O ex-piloto da Fórmula 1 John Watson culpou o British Racing Drivers Club (BRDC, presidido por Jackie Stewart) pela iminente perda da prova em Silverstone, onde o ?circo? realizou o primeiro Grande Prêmio de sua história, no dia 13 de maio de 1950, e por onde a categoria jamais deixou de passar.
Falando à revista ´The People´, Watson disse que Silverstone não conta com ?uma benção divina para sediar um Grande Prêmio?, dizendo que o BRDC ?Deveria ter sido consciente disso, e quando se deu conta de que não poderia assumir o montante exigido por Bernie Ecclestone para organizar a prova, deveria ter se afastado, e permitido que outras pessoas tentassem reunir o valor para manter a corrida".
Seguindo sua crítica, o irlandês Watson disse que "A responsabilidade (pela perda do GP) foi total do BRDC, já que eles deveriam ter encontrado uma solução que permitisse a Ecclestone nos dar crédito, mas a verdade é que o BRDC não vive no século 21", completou.
O calendário definitivo do Mundial da Fórmula 1 do próximo ano será referendado pela Assembléia Geral da Federação Internacional de Automobilismo do dia 13 deste mês, e a chance de Silverstone permanecer nele é a do BRDC arrumar o montante que ainda deve à FOM, a Formel One Management, presidida por Bernie Ecclestone.
Quem é John Watson
Nascido na Irlanda, no dia 5 de abril de 1946, John Marshall Watson estreou na Fórmula 1 justamente numa prova em Silverstone, no dia 14 de julho de 1973, quando problemas no sistema de abastecimento de combustível de seu Brabham/Ford BT37 o deixaram pelo caminho, numa história muito parecida com a da sua segunda participação numa prova, em Watkingns Glen, nos Estados Unidos, quando seu Brabham/Ford BT42 teve o motor quebrado.
Durante as 15 corridas da temporada de 1974 ? a primeira em Bueno Aires, na Argentina, no dia 13 de janeiro, e a última novamente em Watkings Glen, no dia 6 de outubro ?, Watson conquistou como melhor resultado uma quarta colocação na prova realizada no dia 18 de agosto no Österreichring, na Áustria.
Veio a temporada de 1975, quando o piloto irlandês correu as 10 primeiras etapas do campeonato usando um Surtees/Ford TS16 da equipe Surtees, disputou a 11ª prova do ano com um Lotus/Ford 72F, a 12ª novamente pela Surtees, e a última do ano com um Penske/Ford PC1, num ano em que a melhor posição foi a oitava, conquistada no circuito de Montjuich Park, na Espanha, na corrida do dia 27 de abril.
A primeira vitória de Watson foi conquistada no GP de Österreichring, o 11º da temporada de 1976, no dia 15 de agosto, num campeonato aberto no Brasil em que o irlandês que então defendia as cores da Penske estivera duas vezes no terceiro degrau do pódio, consecutivamente nas corridas de Paul Ricard, na França, no dia 4 de julho, e em Brands Hatch, na prova realizada no dia 18 do mesmo mês.
Em 1977 veio a reestréia pela equipe Brabham, na qual Watson permaneceu também em 78, colecionando três presenças no pódio neste período, através do segundo lugar no GP de Dijon-Prenois, na França, no dia 3 de julho de 1977, e dos terceiros lugares nas provas em Kyalami, na África do Sul, e Brands Hatch, na Inglaterra, disputadas respectivamente nos dias 4 de março e 16 de julho de 78.
Consecutivamente de 1979 a 1983, e depois novamente em 85, John Watson correu pela equipe McLaren, pela qual venceu em Silverstone no dia 18 de julho de 1981, em Zolder, na Bélgica, e em Detroit, nos Estados Unidos, respectivamente nos dias 9 de maio e 6 de junho de 1982, e depois em 27 de março de 1983, em Long Beach, também nos Estados Unidos.
Até abandonar o ?circo?, depois da prova em Brands Hatch, disputada no dia 6 de outubro de 1985 ? quando foi o sétimo colocado -, John Watson havia disputado 154 GPs, vencido cinco vezes, marcando um total de 171 pontos numa carreira em que marcou duas pole positions, 5 melhores voltas, e esteve 20 vezes no pódio. |
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Jorge Kraucher |
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