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Público pode ser pequeno na passagem do ?circo? pela China |
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No ano em que esteve pela primeira vez num país do Oriente Médio, o Bahrain, que sediou a terceira etapa do Mundial no dia 4 de abril, a Fórmula 1 vai desbravar outro território no qual jamais esteve antes: o da China.
Parece paradoxal, mas na semana que antecede a disputa do primeiro GP no país que têm a maior população do planeta, os promotores da corrida em Shanghai estão preocupados com a possibilidade de haverem muitos espaços vazios nas arquibancadas.
Não porque as suntuosas instalações da pista que leva a assinatura do alemão Herman Tilke não sejam uma atração por si só, ou porque a chance de verem de perto os bólidos da mais badalada categoria de automobilismo do planeta não atraia a atenção de uma considerável parcela dos 1.3 bilhões de habitantes da China.
A questão toda é mesmo financeira, já que o país ainda não se recuperou totalmente dos problemas econômicos decorrentes do regime comunista, e a renda per capita é de 780 dólares, pouco para comprar o ingresso mais barato, que custa 45, e inviável para adquirir as entradas mais caras, que saem por US$ 450,00.
Até o momento, 150 mil ingressos já estão circulando, mas o problema é que estão nas mãos de empresas, e, principalmente, de cambistas, que com certeza vão deixar a possibilidade de verem ao vivo o GP ainda mais distante dos chineses... |
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Jorge Kraucher |
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