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Autódromo de Monza verá a última corrida da Fórmula 3000 |
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Criada em 1985 pela Federação Internacional de Automobilismo para substituir a extinta Fórmula 2 e funcionar como base para os pilotos que gostariam de chegar à Fórmula 1, o Campeonato Internacional de Fórmula 3000 chegará ao seu triste fim no próximo final de semana, quando for disputada a décima e última etapa da temporada.
Sem nunca ter cumprido verdadeiramente o seu papel ? nenhum campeão da Fórmula 3000 conseguiu levantar o caneco na Fórmula 1 ?, a categoria sucumbe depois de duas temporadas com grids fracos e falta de competitividade. Os últimos campeões sequer conseguiram uma vaga na principal categoria do automobilismo mundial, tendo que desviar suas carreiras para os Estados Unidos ou aceitar competir com protótipos.
Embora o campeonato tenha passado por uma fase de sucesso, quando em 1996 mais de 30 carros lutavam para conseguirem uma vaga no grid, a criação de outras categorias mais baratas e com mais recursos ? como a World Series, Fórmula Renault V6 e a própria Fórmula 3000 Européia ?, minguaram de vez as vagas e no GP da Hungria do ano passado apenas 14 bólidos alinharam para a corrida.
Foram 206 corridas em 20 anos, sendo apenas duas delas fora do continente europeu: os GPs do Brasil de 2001 e 2002. O título desse ano já tem um dono, o italiano Vitantonio Liuzzi, que terá duplo incentivo para vencer no final de semana. Além da corrida ser disputada "em casa", no Autódromo de Monza, Liuzzi espera também ser o último piloto a subir ao lugar mais alto do pódio.
Em 2005, o espaço da Fórmula 3000 Internacional passará a ser ocupado pela Fórmula GP2, categoria que surge com o apoio da Renault, Bridgestone e Dallara. Especula-se que 30 carros já tenham sido encomendados, mas pelo andar da carruagem, se conseguir empatar com o grid atual de 18 bólidos já será considerada uma grande vitória. |
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Luiz Rodrigues |
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