Depois de realizar excepcional prova de recuperação em Interlagos, quando largou dos boxes e terminou na quarta posição, Raul Boesel está empolgado para a sétima etapa da temporada, a ser disputada no próximo domingo, dia 1º de agosto, no Autódromo Internacional de Curitiba.
Nascido há 46 anos na capital paranaense, Boesel diz que seria a realização de um sonho vencer uma corrida em casa. Apesar de morar há muitos anos longe da cidade, Raul, que viveu na Europa, nos Estados Unidos e hoje está em São Paulo, ainda tem os familiares com residência fixa na capital paranaense e sua mãe ainda mantém um quarto separado para ele. Coisas de mãe.
?Curitiba nunca vai deixar de ser minha casa, pois nasci na cidade e tenho toda a família morando. Nesta minha volta à Stock Car busco uma vitória e seria a realização de um sonho ganhar justamente na minha cidade?, disse Boesel.
Para brigar pela quarta vitória na principal categoria do automobilismo brasileiro, Raul Boesel o único piloto a ter disputado a primeira etapa e que continua em atividade na categoria sabe que terá muitas dificuldades, pois várias equipes subiram de produção. Mas suas maiores preocupações estão dirigidas ao líder Giuliano Losacco (107 pontos) e ao segundo colocado Cacá Bueno (80). Raul tem 66 e é seguido de perto por Antonio Jorge Neto, com 64 pontos e o único a ter pontuado em todas as seis etapas do ano.
?De verdade mesmo não adianta muito me preocupar com o que os outros vão fazer. Tenho de buscar a vitória para correr atrás do Giuliano Losacco e do Cacá Bueno que, juntos, venceram cinco das seis provas deste ano. O carro melhorou, passamos a tê-lo mais na mão e agora nosso objetivo é manter a constância. Largar na frente é importante como em qualquer outra corrida, principalmente agora que não temos mais o reabastecimento?, explicou Boesel numa referência à Stock Car ter cancelado os reabastecimentos durante a corrida.
Uma das preocupações de Raul é quanto ao aquecimento dos pneus no treino classificatório. Conhecedor do frio em Curitiba, ele acredita que os pneus italianos precisariam de duas voltas para estarem bem aquecidos antes de os pilotos buscarem a volta rápida.
?A temperatura ideal dos pneus varia entre 90 e 110 graus e, na minha opinião, precisaríamos de duas para aquecer e duas cronometradas?, completou |