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| O que ficou da prova de Silverstone |
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Disputado o Grande Prêmio da Grã Bretanha, em Silverstone, algumas coisas ficaram ainda mais claras a respeito do ?circo?, que cada vez mais justifica seu nome de ?Fórmula Schumacher?, que é usado com bastante freqüência pela imprensa européia, especialmente a alemã.
Uma das certezas que se pode tirar, é de que Bernie Ecclestone, o homem que transformou a categoria na mais importante do automobilismo de todo o planeta, tem razões de sobra para ter ficado enfurecido com a negativa de dois times quanto à mudança da forma de realização das classificatórias, já que ontem ficou mais do que comprovado de que a pré-classificação é tão inútil quanto promessa feita em palanque de campanha política.
Coisa ridícula aquela ?tirada de pé? que deram por exemplo Takuma Sato, Juan Pablo Montoya e Marc Gene nas voltas lançadas, ou as erradas propositais dos ferraristas Michael Schumacher e Rubens Barrichello, tudo feito com o objetivo de não serem eles os últimos a entrarem na pista na classificação que enfim é a que vale, já que haviam grandes chances de chover.
Outra coisa que ficou clara é de que a McLaren com seu ?MP4-19B? começa enfim a trilhar um caminho de resultados consistentes, o que faz com que as coisas sejam bem diferentes do que as que estão acontecendo com outro time britânico empurrado por motores alemães, a Williams, que viu Juan Pablo Montoya conquistar um apagado quinto lugar, o que deixa claro que o problema do atual modelo da de Sir Frank não se resume apenas à troca de alguns componentes aerodinâmicos feita de forma completamente estabanada antes da prova disputada na semana passada na França...
No acidente de Jarno Trulli, outra vez ficou claro o quanto os bólidos são resistentes e seguros, o que torna inócua a discussão quanto à redução de velocidade dos carros.
Afinal, como lembram alguns dos pilotos da própria categoria, são as altas velocidades que a tornam atrativas, quer para eles próprios, quer para os espectadores, que com certeza não desejam ir a um autódromo ver uma disputa travada por carros lerdos...
Voltar no tempo, via redução da potência dos motores, é jogar na lata do lixo todo um arsenal de tecnologia e inteligência empregada no desenvolvimento de unidades propulsoras fantásticas e de cockpits de fato seguros... |
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| Jorge Kraucher |
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