A equipe formada pelo paulista Luiz Alberto Pereira e pelo goiano Marcos Gracia ? que viria a ser campeã do Brasileiro de Stock Car três anos mais tarde, através do representante de Goiás ?, levou para a Mil Milhas de 1983 um ?superesquema?, convidando o experiente Affonso Giaffone para completar o trio de pilotagem.
O carro havia sido preparado pelos competentíssimos ?Meinha? e ?Manelão?, que para evitar imprevistos, decidiu trocar o diferencial do Opala antes da largada para a corrida que Pereira/Gracia/Giaffone começaram a disputar na segunda posição, com apenas 62 milésimos de desvantagem atrás dos poles Reynaldo Campello/Edgar de Mello Fº/Artur Bragantini, que também usaram um veículo de Stock Car.
Dada a largada, um grupo de dez Opalas começou a ditar o ritmo de prova, andando numa tocada tão forte que nem parecia uma disputa de Endurance.
Pereira/Gracia/Giaffone mantivera uma estratégia cautelosa nos giros iniciais, mas foram aumentando o ritmo e ganhando posições até assumirem a liderança, e começarem a abrir vantagem sobre os demais concorrentes.
Na 57ª volta, porém, o diferencial ?zero quilômetro? que Manelão havia instalado no carro abriu o bico, deixando a pé o trio Luiz Alberto/Marcos/Affonso.
A esmagadora supremacia dos Opalas durou pouco mais de 70 voltas, quando o último remanescente do grupo de ponta quebrou, abrindo caminho para uma vitória relativamente fácil do Passat Hot Car de Waldir Silva/Vicente Correa/Fausto Wajchemberg, trio que recebeu a quadriculada ? que o então Secretário de Esportes do Município de São Paulo deu com uma volta de atraso ?, com quatro giros de vantagem em relação a Luiz Evandro Águia/Dedê Gomes/Mike Mercede, que com regularidade salvaram a honra do modelo da Chevrolet.
Colaborou Napoleão Augusto Ribeiro |