A sexta edição da Mil Milhas, disputada em 1961, foi aquela com a mais apertada diferença entre o primeiro e segundo colocados ? 12 segundos -, e a disputa que teve as voltas finais mais emocionantes em todos os tempos.
Camilo Christófaro, que formava dupla com Celso Lara Barberis, havia liderado a prova com sua Carretera Chevrolet até a 167ª passagem, quando teve de entrar nos boxes com problemas de superaquecimento do motor.
Orlando Menegas, o segundo colocado, resolveu parar em seguida, entregando a condução da Carretera Chevrolet a seu parceiro Ítalo Bertão naquela que seria a última parada antes da quadriculada.
Ao ver Menegas entrando nos boxes, Christófaro saiu tão rapidamente que o capô do carro ficou para trás, uma manobra que acabou não surtindo efeito, já que a Carretera acabou tendo problemas alguns minutos depois, deixando Camilo fora da briga.
Bertão assumiu a liderança, seguido de Ciro Caires ? que tinha cerca de 20 segundos de desvantagem ?, e de Christian Heins, o vencedor da prova em 1960.
Caires ficou pelo caminho, extravasando sua irritação com chutes no FNM JK que pilotava. Assim, o segundo lugar passou a ser ocupado por Heins, que também conduzia um FNM JK.
Com a preferência da torcida por Christian, os outros pilotos de São Paulo passaram a abrir a porta para o paulista, e fechar para as tentativas de ultrapassagem do gaúcho Bertão, uma manobra que acabou não funcionando, já que o representante dos Pampas venceu, recebendo a quadriculada com apenas 12 segundos de vantagem sobre Heins.
Os cariocas Mário Olivetti e Aylton Varanda, que também correram com um FNM JK, fecharam a disputa no terceiro lugar.
Colaborou Napoleão Augusto Ribeiro |
