Além de contar com a maior reta dentre todos os circuitos brasileiros, com 1.103 metros de extensão, o Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Rio de Janeiro, tem outra característica que vai fazer com que especialmente os motores V8 da divisão principal da Stock Car trabalhem melhor: está situado ao nível do mar.
Nessas condições, a pressão atmosférica é maior, assim como a presença de oxigênio, o que traz um ?enriquecimento? da mistura ar/combustível, propiciando uma queima melhor nas câmaras de combustão dos motores.
Em outras palavras, num traçado situado ao nível do mar ? quase o mesmo que se apresenta na cidade de Eusébio, no Ceará, onde está situado o Autódromo Internacional Virgílio Távora, no qual a Stock Car correu apenas uma vez em sua história, o motor recebe ?mais facilmente? o comburente oxigênio, propiciando uma queima mais homogênea da mistura ar/combustível, o que facilita o aproveitamento integral de seus 450 cavalos.
Quanto mais altitude, pior
Parece óbvio que quanto mais distante do nível do mar estiver um determinado circuito, mais ?pobre? será a mistura ar/combustível, e, em conseqüência, menor será o rendimento dos propulsores.
Dentre as pistas espalhadas pelo país afora, não há praticamente diferença de altitudes entre as de São Paulo, Cascavel, no Paraná, e Goiânia, que estão situadas respectivamente a 760, 781 e 749 metros de altitude.
Campo Grande ? onde aconteceu a última prova disputada até aqui ? está situada a 532, quase a mesma altitude de Londrina, cidade do Norte do Paraná que está a 576 metros do nível do mar.
Em solo gaúcho, o melhor autódromo no que diz respeito ao rendimento dos motores é o de Tarumã, que está 111, bem abaixo do de Guaporé, onde a altitude é de 475 metros.
O Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, que está a mais ou menos 934, e especialmente o autódromo de Brasília ?sede da corrida depois do Rio -, que está 1.161 metros acima do nível do mar, são os circuitos com altitude maior, portanto, com um rendimento menor dos motores. |