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Ações da CART chegaram a ser negociadas a US$ 35 |
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A notícia de que a Championship Auto Racing Teams foi vendida para a Open Wheel Racing Series LLC a um custo de US$ 0,56 por ação, mostra a decadência da categoria que um dia chegou a perturbar o sono do todo-poderoso da Fórmula 1, Bernie Ecclestone.
O crescimento da Fórmula CART começou em 1993, quando o inglês Nigel Mansell decidiu ir para a categoria após conquistar o título mundial na Fórmula 1. Dois anos depois, o campeonato atraia uma receita de US$ 400 milhões em patrocínios, e conseguia excelentes níveis de audiência nas televisões de todo o mundo.
A decadência começou quando Tony George resolveu criar a Indy Racing League, tirando do calendário da CART sua principal corrida, a 500 Milhas de Indianápolis. A separação confundiu patrocinadores e o público, fazendo a categoria entrar numa fase de decadência sem precedentes no automobilismo.
Em 1998, visando atrair novos investidores, a Championship Auto Racing Teams tornou-se uma empresa de capital aberto, colocando suas ações na Bolsa de Nova Iorque. O preço inicial era de US$ 16, mas um ano depois o preço havia mais que dobrado, chegando ao patamar de US$ 35.
A saída da Honda e da Toyota - insatisfeitas com o regulamento técnico da categoria - e a debandada de vários times e patrocinadores para a rival Indy Racing League, em 2002, fizeram com que a CART passasse a gastar mais do que arrecadava.
No começo deste ano, as ações eram negociadas a US$ 5,28, mas na última quarta-feira o valor havia despencado para US$ 0,88 e, nesta quinta-feira o pregão foi aberto em US$ 0,67.
Assim, o negócio com a Open Wheel Racing Series LLC ainda pode ser desfeito pelo conselho de acionistas, o que, se acontecer, provavelmente levará a Championship Auto Racing Teams à falência. |
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Luiz Rodrigues |
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