11/05/2001 Menos, Rubinho, menos!
O brasileiro Rubens Barrichello perdeu nesta sexta-feira (11/05), uma excelente oportunidade para ficar calado. Numa reportagem apresentada pelo "Jornal Nacional" da TV Globo, abordando as especulações quanto a sua possível saída da equipe Ferrari, foi exibida uma entrevista onde o piloto foi taxativo ao afirmar que "a Fórmula 1 não têm hoje ninguém com o meu nível para pilotar uma Ferrari"...
Bolas, Rubinho.
Até hoje eu pensava que a prática da política do "me engana que eu gosto" era privilégio de alguns eventuais habitantes do Distrito Federal, que vão para lá fingir que trabalham durante o ano, e abocanhar uma baita grana extra dos contribuintes para fazer o mesmo durante as férias, como se estas fossem necessárias...
Me enganei redondamente!.
Pelo que pude constatar, ou ventos brasilienses sopraram em direção à Áustria, ou Barrichello está se preparando para depois de deixar o time para o qual pilota atualmente (o que parece mais próximo do que muitos possam imaginar), vai se candidatar a algum cargo político...
Segundo piloto? Talvez o quinto...
Analisando realisticamente, a declaração dada por Barrichello nesta sexta-feira soou tal qual aquelas que ministros normalmente fazem ao sentirem o azeite da fritura esquentando sob suas próprias bundas...
Qualquer um que alguma vez já tenha freqüentado o Paddock de uma prova do "circo" sabe que num time de ponta da Fórmula 1 não adianta uma única pessoa estar fazendo comentários elogiosos a um determinado piloto (neste caso Jean Todt)...
Mais que uma equipe, a Ferrari é uma religião, e não adianta que um único adepto desta "seita" deseje que um determinado piloto fique.... Ainda mais levando em conta o fato de que todos dentro da Ferrari perceberam no ano passado que priorizando à sua campanha o alemão do qual Barrichello é companheiro é capaz de levar os "seguidores da seita" ao delírio...
O título que Michael Schumacher conquistou em 2000, numa análise bastante real que talvez possa desagradar aos "barrichelistas" mais fanáticos, fez com que o piloto brasileiro que entrou na Ferrari para ser o segundo passasse a ter o status - na melhor das hipóteses -, de quinto piloto do time "Rosso". E pilotos que não ocupam o topo da lista num time grande, e ainda que numa condição inferior brigam com o que é endeusado dentro da equipe (lembram do esporro que Schumacher levou por ter ultrapassado o brasileiro na Malásia?) costumam perder o emprego...
Um abraço.
Até a próxima.
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