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Grandes feras: Entrevista com Francisco Lameirão
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2004
 
Durante os treinos para a Mil Milhas, o Speed On Line conversou com Francisco Lameirão, o ?Chiquinho?, que tem em seu currículo o título do Campeonato Brasileiro da Fórmula Ford de 1971, e o da Fórmula Super Vê, conquistado em 1975.

Hoje aos 60 anos, o paulista Lameirão está desenvolvendo um protótipo Chamonix, que é uma réplica ?Made In Brazil? do célebre Porsche 550, protótipo equipado com mecânica do Audi A3 Turbo que foi usado na disputa da última ?500 Kilometros de Interlagos? pela dupla William Freire/César Urnhani.

Sobre o projeto, Lameirão admite que a falta de verbas impediu que pudesse ser melhor trabalhado, o que trouxe como conseqüência alguma desatualização tecnológica. ?Como não consegui nenhum patrocinador para bancar o projeto, vou fazendo as coisas à medida que é possível. Se tenho dinheiro para comprar dez parafusos, compro; se a verba é suficiente apenas para a compra de cinco, e eu puder fazer os demais dentro da própria oficina, eu faço, mas jamais faço dívidas maiores que aquelas que consigo pagar?, disse Chico Lameirão.

Chiquinho, que durante sua fase ativa como piloto defendeu as cores da Vemag, da Willys, da Dacon e da Jolly-Gancia, acredita que o grande caminho do automobilismo nacional são os certames multimarcas. ?Sou frontalmente contra os campeonatos com uma única marca envolvida, já que esse tipo de competição traz muitos limites quanto à criatividade na preparação dos carros?, ele opina.

Lameirão, que defendeu o verde e amarelo nas pistas inglesas, acredita que falta um estágio na formação das atuais gerações de pilotos brasileiros. ?A coisa mais comum é o garoto deixar o Kart e ir direto para uma categoria de Fórmula com pneus slick e ajudas aerodinâmicas. Falta um estágio nessa formação: a passagem por uma categoria com pneus radiais e sem os apoios aerodinâmicos, esta sim uma categoria que daria uma base sólida ao piloto?, falou.

A reportagem do Speed On Line lembrou a Lameirão que a Alpie, comandada por Aldo Piedade, já teve uma categoria com estas características, mas que apesar de ainda contar com os carros, teve pouca procura.

Então, Francisco Lameirão foi indagado do porquê do pouco interesse por esta categoria. ?É uma questão de cultura. Assim que vê o filho atingir a idade para andar de Fórmula, o pai logo quer vê-lo andando num monoposto completo, o que é uma pena. Fica faltando um estágio na formação de um piloto completo?, finalizou Lameirão.

O ex-piloto não se lembra ao certo quantas Mil Milhas disputou ?Umas três ou quatro?. Ele porém ressalta algo que era bem marcante à época, e que hoje não existe mais: ?Na época, quem tinha um carro da Willys, vinha para as arquibancadas torcer pela marca; quem tinha um Chevrolet fazia a mesma coisa, e o mesmo acontecia com a Ford. Hoje, infelizmente, isto já não acontece mais?, encerrou.
 
Jorge Kraucher
 
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