A Mil Milhas Brasileiras - a mais tradicional competição do calendário automobilístico nacional -, consegue mesmo cativar fãs literalmente de Norte a Sul do país, tanto que caravanas se formam para assistir à prova nas arquibancadas do circuito paulistano.
Das muitas que vão até São Paulo, o Speed On Line manteve contato com integrantes de uma das caravanas que todos os anos saem de Curitiba para, depois de uma viagem de aproximadamente 400 quilômetros, curtirem ao vivo a Mil Milhas.
A iniciativa da formação da caravana foi do publicitário Henry Rul, de 52 anos, que começou a viajar até a capital paulistana ainda na década de 80, quando a Mil Milhas voltou a acontecer depois de ser proibida por muitos anos em razão da crise mundial do Petróleo.
?Fui a diversas provas em São Paulo, mas nunca tinha conseguido assistir a uma Mil Milhas?, conta Rul, que prossegue: ?A primeira que consegui assistir foi na década de 80, quando consegui realizar um sonho que alimentava desde a infância?, ele diz.
?Eu morava no interior de Santa Catarina em meados da década de 50, e as informações que conseguia da prova vinham em revistas que chegavam lá com algum atraso. Quando tinha sorte ? prosseguiu o Publicitário ?, conseguia ouvir a prova pelo rádio durante a madrugada, e ficava lá, imaginando ver ao vivo as Carreteras e outras máquinas fantásticas?, recorda.
Os filhos e seus amigos
A paixão pela Mil Milhas que Henry Rul alimentava, foi primeiro passada para o irmão, e posteriormente aos filhos, que o acompanharam nas viagens até São Paulo desde muito cedo. Ele narra: ?Desde pequenos os meus filhos e iam ver a Mil Milhas comigo, e à medida que foram crescendo, transmitiram a paixão pela prova aos colegas, especialmente aos ?adversários? nas corridas de autorama. E assim a caravana foi crescendo a cada ano, e na próxima Mil Milhas deve ser formada por no mínimo oito pessoas?, conlui.
Uma queixa
Como assíduo frequentador das arquibancadas nas edições da Mil Milhas, Henry Rul tem uma única queixa: ?Falta uma estrutura de acolhimento ao espectador, que tem pouca informação sobre o andamento da prova. A simples colocação de um painel na Torre de Cronometragem já bastaria?, sugere. |