Como foi mostrado na reportagem do ano passado, a 9ª edição da Mil Milhas contou com a participação da Team Palma, equipe que marcou a redescoberta do Brasil pelos lusitanos.
Porém, houve um lado desagradável da vinda dos portugueses ao Brasil que não foi tratado há um ano atrás: o desaparecimento de tudo o que estava no interior do Ford Cortina/Lotus, um dos carros trazidos ao Brasil desde Portugal.
Durante a madrugada, Antônio Peixinho sofreu uma pane elétrica em seu carro quando passava pelo trecho entre as Curvas 1 e 2 do circuito paulistano, fechando o veículo e deixando-o parado no local.
Após o final da prova, ao chegar para pegar o carro, Peixinho encontrou os vidros quebrados, e tudo o que estava dentro do Ford Cortina - do painel ao banco do piloto, passando por outras peças -, havia sido saqueado.
Mas o sumiço dos componentes de um dos carros trazido pelos lusitanos ? que deixaram nosso país com um honroso terceiro lugar conquistado por Nogueira Pinto/D´Andrade Villar a bordo de um Porsche 911 -, não foi a única página desagradável da corrida disputada em 02 de novembro de 1967, após a qual os pilotos foram ameaçados de terem suas licenças suspensas, ainda como resultado da disputa pela possibilidade de organizar competições entre o Automóvel Clube do Brasil e a Confederação Brasileira de Automobilismo tratada ontem pelo Speed On Line .
A vitória nas 201 voltas da disputa que durou 14h06min43s0 foi dos paulistas Luís Pereira Bueno/Luiz Fernando Terra Smith, com um Willys Mark I, mesmo carro usado pela dupla Bird Clemente/Marivaldo Fernandes, também de São Paulo, que cruzou a linha de chegada adiante do Porsche de Nogueira Pinto/D'Andrade Vilar.
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Colaborou Napoleão Augusto Ribeiro |