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"Novela" do traçado goiano começou em 99
Terça-feira, 12 de Março de 2002
 
O Autódromo Internacional de Goiânia, inaugurado na primeira metade da década de 70, foi durante muitos anos um paradigma de segurança, já que as áreas de escape eram bastante amplas, e o asfalto apresentava quase sempre condições perfeitas.

Nas décadas de 70, 80 e 90, a pista de 3.835 metros situada no quilômetro 4 da Rodovia GO-020 foi palco de provas memoráveis, principalmente pela realização de edições da "12 Horas de Goiânia", prova que acontecia anualmente, dentro dos calendários do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos.

Mas, à medida em que os anos foram se passando, ocorreu o desgaste natural do asfalto, e o aparecimento de alguns buracos, o que levou o Governo do Estado de Goiás a manter a pista fechada ao longo de nada menos que 11 meses em 1998.

Numa prova realizada em 1999, quando pilotos da Espron tanto de Brasília quanto de São Paulo viajaram até a capital goiana para a festa de reinauguração, ficou claro que o recapeamento do asfalto foi muito mal realizado, tanto que já naquela disputa surgiram os primeiros buracos, em especial na chamada "Curva do Miolo".

Apesar do asfalto ruim, provas de Campeonatos Brasileiros foram realizadas em Goiânia durante a própria temporada de 1999 e na seguinte.

No princípio de 2001, a pista foi fechada para a correção do serviço ruim feito principalmente no asfalto da entrada do miolo, o que forçou a Stock Car a adiar de junho para agosto a prova que deveria acontecer no traçado.

Na corrida realizada em agosto, o asfalto acabou se deteriorando completamente, o que forçou os dirigentes da Stock Car a novamente mudarem seu planejamento inicial, transferindo a penúltima rodada do certame da capital de Goiás para Londrina, no Paraná.

Depois da prova em agosto, surgiu a promessa do Governo de reformar não só o asfalto quanto também as instalações do circuito, que obviamente foram se desgastando com o passar do tempo.

E nesta terça-feira, de novo, a questão das iminentes reformas foi adiada, gerando o sério risco de que nenhuma disputa de certames nacionais ou regionais aconteça na capital de Goiás.
 
Jorge Kraucher
 
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