Na edição de 1966 da Mil Milhas, a desobediência à ordem de parar para reparar um farol da Carretera Chevrolet que não funcionava acabou rendendo uma penalização de duas voltas para Camilo Christófaro, o que parecia o indício de que se ainda existiam, as chances de vitória do ?Lobo do Canindé? e de seu companheiro Eduardo Celidônio tinham terminado.
Daí para adiante, porém, Christófaro e Celidônio pisaram o que podiam, tanto que quando restavam apenas 12 voltas para a quadriculada, já haviam superado os DKW Malzoni das duplas Norman Casari/Carlos Erimá e Marinho Camargo/Eduardo Scuracchio, e já surgiam na segunda posição, com pouco mais de uma volta atrás do carro dos líderes Emerson Fittipaldi/Jan Balder.
Enquanto o Malzoni de Fittipaldi/Balder ?virava? em torno de 4min30, Celidônio completava as voltas com marcas ao redor de 3min55.
Dos boxes partiu a determinação para que Jan ?Papa Omelete? Balder pisasse mais, o que fez com que a marca por volta baixasse para algo ao redor de 4min10. Celidônio, porém, também passou a acelerar mais fundo, baixando suas marcas por volta para algo sempre em torno dos 3min50.
Quando restavam 6 giros para a quadriculada, o DKW Malzoni de Balder cruzou a reta principal com apenas dois cilindros em funcionamento, o que forçou sua entrada nos boxes, e valeu a liderança da disputa à famosa Carretera 18.
Na 198ª passagem, quando parou para um rápido reabastecimento, Celidônio levou um enorme susto quando o motor da Carretera não voltou a funcionar, o que permitiu a aproximação do carro do de Balder, que rateava bastante.
Mas, depois de uma nova tentativa, o V-8 Chevrolet da Carreteira roncou forte, o que permitiu a Celidônio fazer a festa pelo triunfo junto a seu companheiro, o Lobo do Canindé.
Balder ainda perdeu a segunda colocação para o Malzoni número 10 de Marinho César Camargo/Eduardo Scuracchio, ficando com a terceira posição, com as mesmas 201 voltas da dupla vencedora.
Colaborou Napoleão Augusto Ribeiro |