Agora que você já viajou conosco através da história de outras corridas de Endurance disputadas no Rio de Janeiro ? das quais você pode conferir os resultados usando este link -, vamos tratar das cinco edições já disputadas da ?500 Kilometros do Rio de Janeiro?, corridas que levaram o mesmo nome daquela que será disputada no próximo final de semana, com validade pela 4ª etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance, que vive seu segundo ano em 2003.
A viagem pela história das ?500 Km? começa pela prova que foi disputada no dia 18 de outubro do historicamente complicado ano de 1964, quando Wilson Fittipaldi Júnior festejou o triunfo competindo com o Alpine A 110, um modelo que estreava nas competições brasileiras.
A vitória de Wilsinho nas 116 voltas totais da prova ? que terminou após 4h16minin46s5 -, foi facilitada pela ausência da equipe Simca, que havia trazido para o país os potentes Abarth Simca que estrearam vencendo a "3 horas" e os 500 Km de Interlagos.
O segundo lugar foi fechado por José Carlos Pace e Vittorio Andreatta, com um Willys Interlagos de fábrica, enquanto o terceiro posto na quadriculada ficou para DKW Malzoni II do modelo antigo pilotado por Marinho César de Camargo Filho e Eduardo Scuracchio.
O destaque negativo desta prova onde Francisco Lameirão/José Carlos Pace fecharam o quarto lugar com um Willys Interlagos, e na qual Marivaldo Fernandes/José Carlos "Cacaio" Matos ficaram com o quinto lugar a bordo de um Karmann Ghia Porsche, ficou por conta da morte de dois torcedores, que foram atropelados pelo mesmo carro que já havia deixado ferido um policial.
A confusão começou quando o Alfa Romeo Giulia TIS da equipe Jolly Gancia pilotado pelo carioca Mário Olivetti derrapou na ?Curva da Barra?, e acabou atropelando um policial.
Quando o piloto de Petrópolis entrou nos boxes para reabastecer, o Alfa foi cercado por policiais, e a confusão foi muita, do que Augusto Lamego, o proprietário do carro, se aproveitou para assumir o volante e voltar à pista.
Cinco passagens depois de recolocar o Giulia TIS de volta à pista, Lamego acabou atropelando alguns torcedores, provocando a morte instantânea de dois deles.
O curioso é que Augusto nem era piloto, e tampouco estava inscrito para a corrida, mas alguns dias mais tarde surgiu com uma cédula de condutor e uma ficha de inscrição na prova. |