A regularidade na condução do Pontiac/Doran e uma boa dose de sorte foram os ingredientes que o brasileiro Christian Fittipaldi e seus companheiros norte-americanos Forest Barber, Terry Borcheller e Andy Pilgrim precisaram para cruzar na frente a linha de chegada da 42ª edição da ?24 Horas de Daytona?, disputa que chegou a ficar interrompida por mais de três horas em razão das chuvas torrenciais que caíram sobre o estado da Flórida.
No início da competição, o Pontiac/Doran do time pertencente a Barber rendeu muito bem, tanto que praticamente não perdeu a liderança durante as três primeiras horas, e voltou a estar no comando das ações em algumas oportunidades depois disso.
Na sexta hora o Chevrolet/Crawford número 2 de Andy Wallace/Tony Stewart/Dale Earnhardt Jr passou a comandar as ações, sempre seguido de perto pelo Pontiac/Doran de Fittipaldi e companhia.
Quando a metade do total de horas programadas para a disputa foi atingido, surgiram dois problemas, um mais genérico ? a chuva forte ? e outro mais específico para o time de Forest Barber, que começou a preocupar-se com a possibilidade de superaquecimento do carro.
Se por um lado o aguaceiro causou transtornos para os pilotos, uma vez que os cansou bem mais em função da necessidade de atenção redobrada, por outros os norte-americanos e o brazuca do carro 54 foram beneficiados pela chuva, já que com o ritmo bem mais lento, as possibilidades de superaquecimento do propulsor ficavam mais remotas.
Na hora 19, com a determinação da Direção de Prova de suspensão das disputas, surgiu aquilo que acabou sendo um alívio tanto para fittipaldi e seus companheiros quanto para muitos outros times, já que os propulsores ganharam um tempo extra para ?respirarem?.
Na parte final da disputa, Christian, Forest, Terry e Andy passaram a torcer pela conclusão da prova, que em função de um motor cada vez mais aquecido parecia uma possibilidade cada vez mais remota.
Faltando 20 minutos para a quadriculada, a sorte sorriu para o quarteto do Pontiac/Doran número 54, que viu o Chevrolet/Crawford de Andy Wallace/Tony Stewart/Dale Earnhardt Jr primeiro ter de ingressar nos boxes também em razão de superaquecimento do motor, e mais tarde, ficar pelo caminho ao perder uma das rodas traseiras em plena reta dos boxes.
Foi assim que Fittipaldi pode festejar a segunda vitória brasileira numa corrida em Daytona, onde Raul Boesel já havia estado no topo do pódio, em 1988. |